Sexta-feira, 13 de setembro de 2024 - 08h05

Até
o metafísico ficou surpreso, meio abobalhado com o que viu nos fóruns
brasileiros. Lá no seu íntimo deve ter pensado: a injustiça praticada no Brasil
– além daquela inerente ao racismo e ao elitismo (protegido) – diz que
cientistas não podem negar Fake News (mentiras das grossas), pois, se fizerem,
terão que pagar indenização.
Lá
em Nárnia, ruminou consigo mesmo o metafísico, as baratas só existem em
romances bizarros (acho que o metafísico pensava em Metamorfose e n’O Processo,
de Kafka) e os vermes não causam diabetes.
Porém,
a justiça brasileira acha que sim. Aliás, é possível que o Judiciário de Nárnia
e do Brasil sejam diferentes pela quantidade de “achismo” – nós ganhamos de
lavada.
Em
Nárnia, por exemplo, ruminava o metafísico com seus botões, “não se admite que
a ignorância da ciência dê a pá de cal em nenhum caso judicial”. No Brasil, não
apenas reina e graça a ignorância em espécie como vem investida da canetada do
Judiciário.
Com
os vermífugos em dia (aqueles que combatem a COVID-19), e com o último botão da
camisa verde-amarela que emprestou (e não devolveu), deve ter pensando o
metafísico: “a ignorância científica é a mãe da má fé, do dolo”.
Pensando
aqui, creio que esse é o primeiro pensamento lógico do metafísico.
Sinceramente, ainda não creio que o metafísico tenha formulado essa máxima
imoral brasileira: “a ignorância é provedora da má fé e das péssimas
sentenças”. Afinal, isso seria um verdadeiro provérbio jurídico.
Todavia,
quosque tandem, o metafísico me fez pensar que o Judiciário de Nárnia
deve ser melhor do que o nosso –, pois, é bem provável que o metafísico tenha se
perguntado, ruminando: “o Brasil virou uma várzea total?”.
Talvez
o metafísico concluísse que sim, sobretudo, se soubesse que um famoso cantor de
MBB (Música Brega Brasileira) poderá ser contido numa prisão especial, em que
sua cela teria o formato de um tipo de “gaiola das loucas”.
Além
disso, para coroar a noite (agora são 00hs e 01 minuto), o metafísico também
saberia que a advogada de uma persona muito famosa, pelos golpes rotineiros, é
investigada por associação criminosa.
Olha
aí, que teses maravilhosas o metafísico levaria para futuros estudos em Nárnia.
Agora,
será que em Nárnia essas coisas seriam aceitas como teses jurídicas de verdade
– ou entrariam apenas na relação dos “contos do vigário”?
Eu
mesmo tenho dificuldade em dar crédito a tanta zoeira, num dia só. É tão
bizarro que, no início, pensei que estava escrevendo sobre o metafísico e sua
Nárnia, mas, com o passar dos “tempos sombrios”, descobri que falava do “Brasil
– o fino do brega, da várzea”.
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