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Vinício Carrilho

Direito cibernético à submissão


Direito cibernético à submissão - Gente de Opinião

Vamos criar direitos fundamentais dos ciborgues, como não destruir, colocar em risco desnecessariamente, nem descartar como jornal usado em embrulho de peixe.

É a loucura pós-moderna, com guerra cibernética à vista. Ou seja, Declaração de Direitos Fundamentais dos Ciborgues, mas com guerra apocalíptica do capital.

Asimov foi o gênio que Marx teria venerado, se o tempo deles fosse invertido. Como fez com Balzac e Shakespeare.

No Eu Robô, por exemplo, Asimov promulga as Leis da Cibernética: três máximas morais/técnicas de conservação da vida.

Porém, no mesmo Eu Robô, está a fórmula de desconstrução da autonomia, isto é, da Humanidade como conhecemos hoje.

Em nome dos Direitos Humanos, as máquinas cibernéticas promovem um violento Estado de Sítio - "para que a humanidade não se destrua, retiramos a própria liberdade de escolha sobre a vida e a morte".

Sempre pensando no melhor para nós, as máquinas e o capital decidem o que é melhor.

Nessa engenharia, a máquina do Estado Cibernético levaria o Iluminismo ao máximo esplendor.

Afinal, o Estado de Sítio é uma invenção iluminista, logo após a Revolução Francesa.

Lembremo-nos de que tudo sempre foi feito para o nosso bem...

Mesmo a maldade haverá de ser boa para algo.

Não é o que se dizia sobre o Apartheid?

Não foi esse o fundamento de toda colonização?

Não foi isso que pregaram na defesa do Fascismo clássico?

Não era essa a desculpa para o Estado de Sítio nazista, que durou 12 anos?

Não foi assim que se justificou A Batalha de Argel (filme), durante as piores partes do Estado de Sítio francês - na colonização extemporânea da Argélia?

Colonizados pelo capital, colonizados por máquinas. Qual é a diferença? O Estado não é uma máquina?

Esse "novo normal" - vide Hungria em Estado de Sítio, Ucrânia com experimentos nazistas, Estado de Emergência e invasão russa, Brasil e a negação do óbvio - é muito antigo.

As máquinas de guerra sempre foram bastante humanas, além da comprovação de um velho ditado:

"O inferno está cheio de boas intenções".

Mais ou menos como um carrasco de boas maneiras...

Agora é a vez das máquinas-humanas.

Esse é o resultado de séculos de maquinação e da maquinaria.

O Humano é tão Demasiado estúpido que agora conhecerá, de fato e de direito, os efeitos das engrenagens de sua obsolescência.


Veja também:

A dor e a delícia de ser um ciborgue, muito além da medicina e tecnologia.

https://tab.uol.com.br/colunas/lidia-zuin/2022/02/24/a-dor-e-a-delicia-de-ser-um-ciborgue-muito-alem-da-medicina-e-tecnologia.htm

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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