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SINJUR volta alertar sobre excesso de trabalho nos fóruns


A diretoria do SINJUR (entidade sindical que representa os servidores da Justiça), voltou a alertar esta semana sobre o excesso de trabalho nos fóruns do Estado. Segundo o presidente do sindicato, Israel Borges, quando a diretoria percorre, nos últimos dias, as diversas comarcas do Estado, detectou o excesso de trabalho nos fóruns, o que, segundo ele, tem ocasionado o adoecimento de trabalhadores, “pois há uma defasagem de servidores e uma necessidade urgente de realização de concurso”.

“Somado a isso, continuamos a luta pela redução da jornada de trabalho que foi imposta pelo próprio CNJ de 7 horas ininterruptas, que, infelizmente, teve de ouvir de magistrados e servidores aquilo que está claro aos olhos daqueles que fazem a justiça nesse País, e esperamos uma mudança de atitude por parte do CNJ, que tem penalizado seus trabalhadores, buscando uma justiça com números de exprimem quantidade, mas não há a qualidade que a população espera. Tal afirmação encontra respaldo no excessivo número de recurso e a morosidade nos julgamentos deles”.

O alto volume de trabalho e a falta de apoio para treinamentos e atualizações foram apontados por magistrados e servidores do Judiciário como os principais entraves para o bom funcionamento da Justiça brasileira.

Na Pesquisa de Clima Organizacional realizada pelo Conselho Nacional de Justiça, 803 magistrados (90% de primeira instância) e 7.261 servidores responderam a perguntas que pretendem basear o planejamento estratégico do Judiciário.

Para 80,3% dos magistrados, o volume de trabalho não permite que os processos sejam concluídos no tempo previsto na legislação. Para 48,1% dos servidores, o volume de tarefas é maior do que o possível de ser cumprido durante o expediente.

A forma de lidar com a sobrecarga poderia ser melhorada a partir de cursos de atualização e treinamento, avalia o diretor de gestão estratégica do CNJ, Fabiano de Andrade Lima. Os incentivos a esse tipo de aperfeiçoamento, porém, são escassos.

Mais da metade dos servidores (52,9%) reclamam da falta de treinamento. Para 45%, poucas vezes o órgão em que atuam favorece a realização de treinamentos necessários ao desenvolvimento do trabalho. Já 7,9% dizem que isso nunca acontece.

Entre os juízes, 37,5% dizem que poucas vezes o órgão favorece a realização de treinamentos e 4% dizem que isso nunca acontece. Para Lima, isso explicita a "necessidade de rever os processos de trabalho da Justiça".

A urgência de aprofundar a pesquisa em diversos pontos é salientada por Lima. Para ele, estes foram dados iniciais, que servirão para fazer um mapeamento mais profundo futuramente.

Entre os pontos que precisam ser investigados está a segurança de magistrados. Para 77,5% dos entrevistados, as condições de segurança são ruins ou péssimas.

O diretor de gestão estratégica do CNJ levanta a hipótese de a comoção com o assassinato da juíza Patrícia Accioli ter feito com que a questão da segurança estivesse em alta.

Já entre os servidores, a percepção de segurança é melhor (64,6% estão satisfeitos). "Muito provavelmente porque eles não estão na linha de frente, emitindo ordens de prisão", considera Lima.
O CNJ agendou a próxima pesquisa nacional para setembro de 2012, para avaliar as mudanças ocorridas a partir dos resultados deste primeiro levantamento.

A pesquisa foi realizada de 1º a 30 de setembro de 2011, com o objetivo de mapear os desafios da Justiça Brasileira identificados pelos agentes e usuários da Justiça, contribuindo para a elaboração das diretrizes do planejamento anual que norteia o trabalho do CNJ. A enquete contou com a participação de 26.750 pessoas, sendo 803 magistrados, 7.259 servidores e 18.688 usuários do Poder Judiciário.

Fonte: Sinjur / Toni Francis
 

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