Sexta-feira, 17 de junho de 2011 - 13h38
Criar uma escola com o envolvimento da família, onde o aluno possa permanecer no seio familiar, ter as mesmas condições de ensino dos alunos de famílias urbanas e ainda frequentar curso técnico em atividade de interesse da comunidade. Essa é a proposta que o secretário adjunto da Secretaria de Estado da Agricultura, Pecuária e Regularização Fundiária (Seagri), Antônio Deusemínio de Almeida levou para as comunidades ribeirinhas do Médio e Baixo Madeira.
Através da ação conjunta com a Associação de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Rondônia (Emater), Secretaria de Estado da Educação (Seduc) e Associação das Escolas Família Agrícola de Rondônia (Aefaro) o governo estadual pretende levar àquela comunidade a estrutura das Escolas Família Agrícola (EFA), com pedagogia de alternância. O objetivo é solucionar os problemas relacionados às questões do ensino regular, direcionado para as atividades urbanas, e contribuir para que filhos de agricultores tenham acesso aos conhecimentos gerais e tecnológicos da terra.
A reunião foi realizada na sede da Associação dos Moradores Rurais e Amigos de São Carlos (Amorasc) com o objetivo de discutir junto à comunidade, a educação e profissionalização dos jovens. “Precisamos de uma escola que faça com que os filhos fiquem na região, que se profissionalizem para atuar e gerar renda na profissão”, diz Deusemínio.
A região do Médio e Baixo Madeira é uma região com fortes tendências e grande potencial para o turismo agroecológico. Essa é uma das opções para o desenvolvimento sustentável do local e a implantação de uma EFA poderia contribuir muito na capacitação dos jovens que ali residem. “Mas para que isso aconteça é preciso que a comunidade queira; que a família participe”, enfatiza o secretário, lembrando que o governo está pronto para ajudar.
A comunidade ouviu também a experiência de Renato Heberson de Souza Santos, secretário executivo da Aefaro e os exemplos no Estado. Segundo ele, uma das vantagens das EFA’s é o sistema de pedagogia de alternância. As EFA’s têm por base quatro pilares de sustentação: A família, que é a gestora da escola através da Associação de Pais; a pedagogia de alternância, que permite ao aluno passar metade do período na escola e metade na propriedade em continuidade aos seus estudos. “São 15 dias na escola e 15 dias em casa, junto dos pais, com acompanhamento de monitor”, explica.
O terceiro pilar é a formação integral. O aluno cursa quatro anos, que equivalem aos três do ensino médio, mais um para a profissionalização, e sai com uma profissão. Mas esse ofício ele já começa a aprender desde o primeiro ano. E o quarto pilar é o desenvolvimento local sustentável, onde o aluno vai aprender a produzir ou explorar a região respeitando a natureza, preservando o meio ambiente e garantindo o sustento das futuras gerações.
Viabilidade
A região do Médio e Baixo Madeira está localizada a cerca de 200 quilômetros às margens do Rio Madeira. Estima-se que existam dez mil habitantes nas 63 comunidades dos seis distritos da região. Somente no entorno daquela região, que reúne as comunidades dos setores Tira Fogo, Aliança, Rio Preto, Nazaré, Bom Será, Calama, Brasileira, Nova Esperança, Jamari, Itaquã, Terra Caída e o próprio São Carlos, “são 600 alunos com potencialidade para estudar na futura escola técnica”, diz o professor Rosivam Ribeiro Viamonte, da Escola de Ensino Médio e Fundamental “professor Henrique Dias” e secretário da Amoresc.
Maria Irenilda de Souza Dias, assessora técnica da Emater, lembra que “é importante também que o jovem seja um empreendedor e que tenha a opção de poder gerar seu próprio negócio, caso assim deseje”. E a EFA dá essa oportunidade.
Para os pais de alunos presentes na reunião, o Médio e Baixo madeira tem jovens suficientes para viabilizar a implantação de, não uma, mas de três escolas na região. Para eles é importante também haja um mínimo de opção de cursos para criar atrativo entre os jovens. Eles também alertam que existe em Calama, por exemplo, um prédio parado, com seis salas prontas, capaz de atender a uma dessas escolas.
Dulcicleia Guimarães, da gerencia de educação profissional da Seduc falou que o governo estadual tem pensado muito na educação dos ribeirinhos, que vivem “a margem das políticas públicas”. Ela contou ainda a experiência da implantação de uma escola nos mesmos moldes, na região do Iata, na divisa com a Bolívia. “Estamos trabalhando lá desde janeiro, praticamente, e a comunidade está participando”.
Marcio Milani, gerente do escritório regional da Emater em Porto Velho colocou a equipe do escritório de Calama e os extensionistas da região à disposição para o levantamento, junto à comunidade dos anseios e da organização dos próximos encontros. São eles também que ajudarão os ribeirinhos a elaborar e encaminhas as propostas para serem trabalhadas ali.
Por fim ficaram definidas, para discutir essas propostas, três novas reuniões, sendo a primeira em São Calos, no dia 6 de julho, a segunda em Nazaré, no dia 20 de Julho e a terceira em Calama, no dia 27 de julho.
Fonte: Decom
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