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Uma rocha no meio do caminho


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HÁ UMA ROCHA NO MEIO DO CAMINHO DE ROCHA. Essa rocha, diga-se, tem permanecido no meio do caminho de todos os governos, aqui e alhures, desde sempre: o setor saúde.

É óbvio, porém é justo que se reitere, que, no mundo inteiro, a pandemia ainda em curso trouxe problemas gigantescos para todos os níveis que prestam assistência à saúde, posto que ninguém estava preparado para um enfrentamento desse porte. Em nosso estado, claro, não foi diferente. Independente dessa situação atípica, o setor de saúde sempre foi aquele expôs os governos às críticas mais constantes e severas.

O governo de Rondônia, não há como negar, fez o que pôde, inclusive com a presença do governador e do secretário de Saúde onde precisaram estar, diuturnamente, dando satisfação à população sobre o trabalho realizado e se explicando quando adversidades impediam de que fosse feito.

Contudo, o problema da saúde, que é crônico como é sabido, não foi nem é somente a pandemia. Mesmo tendo adquirido um hospital privado, ainda faltam leitos de internação, incluindo os de UTIs; fila de espera de cirurgias continuam etc. pelo que se lê na mídia e pelo que reclamam aqueles que precisam de assistência da rede hospitalar pública. A situação se expressa de modo mais contundente em Porto Velho, face a convergência dos casos que não são resolvidos no interior do estado.

A mais recente pesquisa de intenção de voto para o governo mostra o atual governador bem à frente dos demais candidatos. Todavia, pelo tempo que falta para as eleições, essa dianteira, que reflete este momento, não garante que seja reeleito. Certamente, ainda há flancos vulneráveis para que seus adversários lancem petardos sobre a administração de Marcos Rocha. E, não precisa ser cientista político para concluir: o tendão de Aquiles a ser mais atingido será o setor de saúde.

Sabe-se que o governador e sua equipe lutaram com muita determinação para que o Hospital de Urgência e Emergência de Rondônia (Euro) pelo menos começasse a ser construído. Porém, ante aos trâmites burocráticos que envolvem essa pretensão, pode-se assegurar que isso não será possível este ano, e sabe-se lá quando o será. Caso a população tivesse certeza de que o referido hospital seria mesmo feito em não muito tempo, Marcos Rocha teria, desde logo, sua reeleição praticamente garantida.

Por isso, por enquanto, a rocha continua no caminho que dá acesso à reeleição do atual chefe do Executivo. Todavia, nem tudo está perdido: ainda há tempo para que algo seja feito para que isso aconteça — o Euro, por enquanto, é apenas um sonho.

Desobstruir esse caminho completamente, a essas tantas, é humanamente impossível para este governo. Entretanto, permitir que alguma luz sinalize que o problema começou ser atenuado (terceirização de serviços de alta complexidade, incluindo alguns tipos de cirurgias e exames etc.) poderá aumentar consideravelmente as chances de Marcos Rocha ser reeleito.

Eis o desafio, governador! 

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