Quinta-feira, 14 de abril de 2022 - 08h56

Justa, sob todos os aspectos, a
reivindicação dos servidores federais no Estado de Rondônia por recomposição
salarial. Afinal de contas, a recomposição ou revisão geral anual está prevista
na Constituição Federal, art. 37, Inciso X, e, como o próprio nome ensina, visa
atualizar as remunerações de modo a acompanhar a evolução do poder aquisitivo
da moeda, pois, se assim não fosse, inexistiria motivo para tornar obrigatória
a sua concessão anual, no mesmo índice e na mesma data, mas, infelizmente, muitos
gestores da coisa pública insistem em desrespeitar esse mandamento
constitucional. Lembrando que a recomposição vale tanto para os servidores
públicos quanto para os trabalhadores da iniciativa privada.
Em recente matéria publicada no
site Rondoniaovivo, o presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Federais
no Estado de Rondônia – Sindsef, professor Mário Jorge, disse que a categoria
está há mais de cinco anos com os salários congelados, e que nos três últimos
anos as perdas acumuladas somam quase vinte por cento. E onde estava o Sindsef,
professor, durante todo esse tempo, que não viu isso? Por que só agora o sindicato
resolveu se mobilizar para exigir do governo federal o cumprimento de um
direito constitucional de seus associados, exatamente a poucos meses de uma
eleição presidencial? Francamente, há coisas difíceis de serem digeridas, por
mais que se esforce.
Tenho profundo respeito e
admiração pelo professor Mário Jorge. Sua luta em defesa dos servidores
públicos, nos mais diferentes níveis de poder, vem de longe. Como vereador,
pelo município de Porto Velho, por vários mandatos, ele não só apresentou como
também contribui para a aprovação de importantes projetos direcionados à
melhoria das condições salarias e de trabalho dos servidores municipais,
principalmente os profissionais da educação, e acredito que não será diferente
agora, na presidência do Sindsef, porém não posso deixar de registrar minha
decepção com a inércia do sindicato que ele preside, não como seu filiado, mas,
sim, na condição de marido de uma servidora federal dos tempos do Ex-território
de Rondônia, atualmente aposentada como Agente Administrativo, filiada ao
Sindsef, que nem se lembra mais de quando recebeu o último reajuste ou recomposição
salarial.
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