Quinta-feira, 27 de novembro de 2025 - 08h30

“Acabou,
porra!”. É desse mesmo jeito que diria Jair Messias Bolsonaro
sobre a sua atual situação. O ex-presidente do Brasil foi julgado pelo STF por
tentativa de golpe de Estado, foi condenado a 27 anos e 3 meses de cadeia e, a
partir de hoje, está preso nas dependências da Polícia Federal em Brasília. Ele
e todos os seus cúmplices na empreitada golpista fracassada. Desde o ano de
1930 que mais ou menos a cada 30 anos aparece no Brasil uma figura patética, tresloucada,
sinistra e messiânica se dizendo “Salvador da Pátria” e que leva
multidões ao delírio e ao êxtase quase total. Rapidamente essa figura ganha
multidões de seguidores encegueirados que apoiam ele e logo o levam ao cargo de
presidente do país. Foi assim com Getúlio Vargas em 1930. Com Jânio Quadros em
1960. Com Fernando Collor de Mello em 1989 e mais recentemente com o Bolsonaro
em 2018.
Todos esses
“quatro patetas” praticamente tiveram um fim desastroso e não
resolveram absolutamente nada que juravam que iam consertar no país. Enganaram
os tolos e fanáticos eleitores e seguidores e, cada um a seu modo, quase levou
o país ao desastre total. O ditador Getúlio Vargas em 1954 deu um tiro na
própria cabeça e deixou o país perplexo e meio sem rumo. O suicida falava em
umas “forças ocultas” sem dizer quem delas participava e nem o porquê de
seu gesto derradeiro. Até hoje é lembrado por alguns saudosistas como um grande
estadista. Jânio Quadros, outro lunático, emergiu ao poder no auge da Guerra
Fria e foi amado e adorado como um “deus egípcio” ou a própria
encarnação de uma grande divindade. A campanha de Jânio foi marcada por um
forte apelo popular. “Varre, Varre, Vassourinha” era o seu slogan
para acabar com a corrupção.
Sem acabar
com a corrupção e com apenas sete meses à frente do governo, Jânio Quadros
renuncia e mergulha o país numa violenta crise política que culminaria três
anos depois com o golpe civil-militar de 1964, que instala uma feroz e infame
Ditadura Militar que duraria 21 longos anos. Torturas a oposicionistas nos
extintos DOI-CODI, exílios de brasileiros, eleições indiretas, censura à mídia,
assassinatos e outras brutalidades foi o resultado mais visível dos militares à
frente do poder. Quase 500 brasileiros foram mortos naqueles anos de chumbo. A
Ditadura Militar acaba em 1985, mas coisas piores ainda estavam por vir. A Nova
República, que surgiu com José Sarney, até que criou a atual Constituição, mas
nas primeiras eleições diretas para a Presidência da República elege outro
pateta do mesmo naipe dos anteriores: Fernando Collor, o “Caçador de
Marajás”.
Collor sofreu um impeachment e renunciou ao poder antes do fim de seu mandato. Hoje cumpre prisão domiciliar em Maceió, Alagoas. E quando muita gente achava que o Brasil já estava curado para esses “Salvadores da Pátria”, eis que surge, quase 30 anos depois, o senhor Jair Messias Bolsonaro da extrema-direita reacionária. Saudosista da Ditadura Militar, o ex-capitão do Exército, chamado por muitos de “Mito” enlouquece multidões e leva os brasileiros ao delírio e à loucura. Negacionista ao extremo, Bolsonaro foi o maior responsável pela morte de mais de 700 mil brasileiros durante a pandemia da Covid-19, quando lhes negou a vacina. O “Mito” termina seu fracassado mandato, mas perde as eleições para a esquerda de Lula, o atual presidente. Bolsonaro tenta dar um golpe de Estado e leva seus fanáticos seguidores à loucura de rezar para pneus e de endeusá-lo como o melhor presidente do Brasil. E em 2048, quem será o pateta da vez?
*Foi Professor em Porto Velho.
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