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QUANTO PIOR, MELHOR!


Depois da ministra-sexóloga, foi a vez do ministro da Fazenda diagnosticar  ser a culpa do crescimento econômico pelo caos aéreo brasileiro. Essa frase faz parte da coleção de acintes que demonstram o desprezo à população brasileira por suas autoridades. Nunca significam o que foram efetivamente dizer, são seguidas de explicações do "que queriam dizer". Essas ofensas perpetuam-se porque, assim como eu, cada brasileiro culpa "o brasileiro", - assim mesmo, na generalização -, pela acomodação, afastando-se do rol dos acomodados. Assim como as más companhias, o brasileiro acomodado é sempre o outro.
Muitos articulistas já mencionaram, por isso se dispensa a comparação aos países desenvolvidos, já que, segundo a ótica do ministro, no famoso grupo G-8, os mais ricos do mundo,  aviação não existiria. Foi embasado em raciocínio semelhante que houve mudança na metodologia de avaliação da riqueza e quase levou o Brasil a ser a primeira economia do mundo. Ficou somente entre os oito mais ricos. No mesmo período, a revisão de outras estatísticas fez a rede pública de ensino de São Paulo sair da 21ª para a 12º posição num ranking nacional; os assaltos a banco pularam de 487 para 1.053 de 2003 a 2006. Fica claro que toda estatística oficial deve
aguar até, no mínimo, uma revisão.
Como enfatizou nosso presidente, chegará um dia em que se anunciará o ano, o mês, a semana e o dia que este problema será solucionado. Até lá,  pagar-se-á caro por passagens em aviões que decolarão com 40 horas de atraso, ou em vôos simplesmente cancelados. As autoridades produzirão suas pérolas, mais do que irônicas, irresponsáveis!
E rezar para que o IBGE volte à metodologia antiga, ou um ministro dê uma canetada, o país deixe o grupo dos mais ricos e devolva ao seu posto real de país miserável, com a maquiagem de "em desenvolvimento", para que o caos aéreo tenha uma solução. Pela ótica de Guido Mantega, literalmente, quanto pior, pior. Infelizmente, essa lógica se aplica à política brasileira, sem margem de dúvida.
Fonte: Pedro Cardoso da Costa 

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