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Pra querida cidade Porto


“Preciso, minha cidade Porto, antes que tardio, dizer do meu amor por ti e, antes também, que na tua mais longínqua periferia, o som da minha voz já não te alcance, afinal cresces e corres tão rápido!”

Se num dia desses, você, a qualquer hora, em alta e calma noite ou no alvoroço e cansaço da andança cotidiana, disputando espaço no trânsito sob sol forte ou chuvas contínuas ou intermitentes, tragado pelo contexto acelerado da vida, singrar caminhos que lhes permitam avistar o velho mercado, a catedral, a ferrovia e o rio Madeira, o velho relógio, a frondosa castanheira e tudo aquilo que, felizmente, insiste em se manter de pé, tente, mesmo que num redobrado esforço, a bordo de si mesmo, viajar rápido como passageiro da emoção e, pensando, refletindo e discutindo - num debate interior - a cidade onde nascemos e/ou escolhemos para viver, verá que: queremos a poesia, mas ardemos por providência. Queremos a atitude, mas exigimos respeito. Mais que interesse e falácia, precisamos de coragem e de corajosos, para, por a nu o nosso forte e verdadeiro sentimento por esta senhora que, quando passa, leva como adorno no barrado da saia, o peso de tão reclamados e discutidos trilhos e que cujos pés, refrescam-se na generosidade de um já sedento rio, e que seu andar é como a nos exibir o requebrado da nossa mais virtuosa, faceira, lépida e equilibrada passista em evolução, vencendo a passarela, a caminho da apoteose do amanhã, levando por sobre a cabeça, como adereço, a imponência de três emblemáticas caixas d’água. Em suas veias – as ruas – corre por nós, o sangue, o fervor da incansável cidade-mãe. Quando descansa, o que já se faz raro, esta gentil e acolhedora senhora nos vê a todos, nos bancos, lojas, calçadas, terreiros, feiras, praças escolas e igrejas, sem que, ao menos, com disfarçado carinho, lhe acenemos em gratidão. Tentando, como os poucos que – com zelo e maestria – assim apaixonadamente o fazem, te mando, daqui do boteco, um beijo direto ao teu coração que, talvez, seja pro meu próprio, afinal, se nominá-lo fosse, este se chamaria Porto Velho.

Por: Altair Santos (Tatá) – tatá[email protected]
Diretor Deptº Arte e Cultura Fundação iaripuna
Pra nossa querida Porto Velho, com muito amor, em seus 92 anos.

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