Quinta-feira, 8 de abril de 2021 - 09h56

O teólogo Hans Küng morreu hoje com 93 anos em Tübingen. Ele tinha opiniões fortes e ao mesmo tempo foi um dos mais importantes lutadores pelo entendimento entre as religiões. Segundo ele, sem a paz entre as religiões não haverá paz no mundo. Nesse sentido empenhou-se muito com o seu conceito do ethos global.
Tematicamente lutou muito em defesa de uma Igreja empenhada nas suas raízes e na modernidade: queria uma Igreja voltada para a reforma. Ele desejava "mais Jesus e menos Papa”.
Junto com Ratzinger, Küng foi nomeado conselheiro do Concílio Vaticano II 1962-1965 e, mais tarde, tornar-se-ia num oponente forte do Papa João Paulo II e de Bento XVI; ele era contra o centralismo de Roma.
Como relata a HNA, há um episódio dos anos 60 que até hoje se conta em Tübingen: "Küng e Razinger eram colegas como docentes da universidade católica de Tübingen. Mas, enquanto Ratzinger vinha silenciosamente para a universidade de bicicleta, Küng vinha com o seu ruidoso Alfa Romeo. Enquanto Ratzinger fazia carreira em Roma, Küng tornar-se-ia o seu crítico mais ruidoso. "
Sobre a sua ética escrevi o artigo: UMA ÉTICA MUNDIAL PARA A CULTURA DA PAZ – Mudança do paradigma institucional para o individual” que pode ser consultado em https://www.gentedeopiniao.
A Küng liga-me o seu empenho pela aplicação do Vaticano II e a Bento XV a profundidade da sua teologia cristã: num compreendi o significado da modernidade e noutro o significado e importância da tradição.
Com Hans Küng cheguei a ter uma correspondência nos finais dos anos 70, tendo-me ele apoiado e oferecido alguns livros seus em português.
António da Cunha Duarte Justo
In Pegadas do Tempo, https://antonio-justo.eu/?p=
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