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MÉDICO RONDONIENSE: SER OU NÃO SER


Meus amigos, estou fazendo hoje uma declaração que foge ao trivial, fere os usos e costumes, insurgente contra o modelo de preparação de médicos depois de suas graduações.

Rondônia convive com a dura realidade do mercado de especialidades. Temos escassez de especialidades – anestesistas, neurologia clínica e cirurgica. Muitas outras. O Governo do Estado, Prefeitos, vivem lutas inglórias entre a oferta e a procura. E a lei prevalece. Se tem pouco o preço é alto. Se tem muito o preço é baixo. O mercado regulando mesmo.MÉDICO RONDONIENSE: SER OU NÃO SER - Gente de Opinião

O administrador não pode viver assim. Sem planos e nem metas. Sem palavras e sem rumos. Eu já venho pensando em algo diferente.

Eu proponho “acreditar” um novo modelo de especialista. Ou como queiram chamar, talvez, um pós-graduado ou outra nomenclatura possível. E é isto que estou fazendo com a FIOCRUZ. Com a UNASUS preparar estes médicos recém-formados ou não para o Estado inteiro. Os nossos médicos “acreditados” por curso de l ano, intensivo, teórico e prático, pagos pelo Estado, o profissional também recebendo bolsa para estudar. Posso dizer médicos customizados para Rondônia.

O médico preparado para anestesia aqui em Rondônia pode fazer anestesia e ser concursado no Estado e nos municípios também. Pode ser pediatra e se enquadrar em nossos editais, em médico social, comunitário, do PSF, ou neurologia clínica, intensivista, neonatologia, enfim, nas áreas de necessidade do Estado.

Tudo ainda está em estudo. Mas desejo submeter à Assembléia Legislativa esta proposta. Mais tarde estes profissionais “acreditados” por Rondônia, em cursos de formação profissional específica, se assim desejarem, poderão fazer os testes e obedecer às exigências dos conselhos de especialidades, sociedades, entidades de defesa de suas áreas especificas e serem aprovados e serem reconhecidos como especialistas para o Brasil inteiro.

Não estou aqui fazendo nenhuma declaração de guerra a ninguém. É a necessidade que me faz criar e propor esta alternativa. O Estado tem compromissos a cumprir. Eu também tenho compromissos com o povo. E o povo está precisando de atenção.

Só para esclarecer a vocês – a UNIR tem uma residência médica aprovada. Há mais de 4 anos não consegue implantá-la porque não encontra professores de anestesia no Estado. Nomeie Dr. Milton para resolver este impasse. Vamos procurar professores em outras universidades, o Estado vai pagar a conta por acordo de cooperação e abrir a residência para anestesistas.

Proporei também à UNIR outras especialidades de acordo com as necessidades do Estado. Vamos seguir os dois caminhos.

Porque preciso. Porque não os tenho. Porque sou refém. Porque o povo sofre. Eu sou administrador e teria que dar respostas ao povo. Não posso ficar à mercê de circunstâncias, de corporações fechadas, protegidas por interesses, não digo que sejam injustos, mas impeditivos de tê-los na lida como o governo necessita.

Vou encarar, minha gente. Vou encarar. Porque milhares de médicos rondam pelo país sem nenhuma especialidade, fazendo a dita “clínica geral”, o generalista, aquele que esvazia sala de espera e tudo bem, este pode trabalhar, mesmo sem uma formação intensiva como desejo e ele fica sempre a resvalo dos editais de concursos.

Já decidi e pronto. Agora, se você tiver argumento forte e convincente, não só argumento mas solução de curto prazo, que seja viável, realizável, que me traga a sua luz de inteligencia para resolver o grave problema do Estado de Rondônia diante da escassez de especialistas.

Fora disto, aceito brigar. Aceito debater. Aceito fazer. E vou fazer porque o dever de ofício me impõe solução.
 

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