Quinta-feira, 23 de fevereiro de 2023 - 10h27

É impressionante a capacidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para criar e interpretar personagens folclóricos. Quem não se recorda do “Lulinha paz e amor”. O termo foi cunhando pelo petista logo após a eleição vitoriosa de 2002, quando Lula mandou às favas a postura radical que o caracterizou ao longo de sua trajetória sindical, e, como que num passe de mágica, alinhou-se ao que existe de mais fétido na política nacional, a pretexto de construir base parlamentar no Congresso. O resultado dessa mistura explosiva redundou no escândalo do mensalão.
Agora, Lula resolveu interpretar outro personagem, ainda que de importância secundária, qual seja, o de porta-voz da paz mundial. Ele quer acabar com a guerra entre Rússia e Ucrânia. Nesse novo papel, a fala do petista é curtíssima: “Precisamos acabar com essa guerra”. E pronto! Lula só não disse como colocar um ponto final no conflito que já completou um ano, e, pelo visto, não tem perspectiva de fim.
Recentemente, Lula viajou ao Estados Unidos, onde se encontrou com o presidente norte-americano, Joe Biden. Essa foi sua primeira viagem internacional depois que assumiu a presidente da República. Lula repetiu a cantilena, mas não disse uma nova palavra sobre a ajuda militar que os Estados Unidos têm dado ao país do senhor Volodymyr Zelensky.
Em março, Lula deverá visitar seu colega chinês Xi Jinping, presidente da China, e, mais uma vez, vestirá o mandato esfarrapado de protagonista da paz mundial. E só. Duvido que ele tenha coragem de condenar o apoio que Pequim vem dando ao presidente russo Vladimir Putin. Enquanto os Estados Unidos, a União Européia e os principais países ocidentais condenam a invasão dos russos, a China evita criticar abertamente seu colega Putin.
Se Lula acha que seus amigos Joe Biden e Xi
Jinping levarão a sério suas palavras de paz e amor está redondamente enganado.
Quem é o Brasil, um país terceiro-mundista, para querer ditar regras de conduta
a dirigentes de superpotências como Estados Unidos, Rússia e China. Esse é mais
um personagem que logo será alvo de motejo por parte do plateia nacional e
mundial.
Sábado, 8 de novembro de 2025 | Porto Velho (RO)
Porto-velhenses sofrem com a escassez de água potável
Entra governo, sai governo, e o problema do desabastecimento de água em Porto Velho persiste. Após oito anos no comando da capital, Hildon Chaves en

O mutirão de cirurgias da SESAU não pode parar
Sou testemunha do resultado resolutivo do mutirão de cirurgias que está em andamento em hospitais privados. Pacientes atendidos pela rede pública de

O conflito geopolítico na Ucrânia e o redesenho do mundo
A guerra na Ucrânia expôs as contradições do Ocidente e revelou que o mundo já não se organiza em torno de uma única hegemonia. Entre velhas pot

Entre a noite das sombras e o dia da luz
Na aldeia de São Martinho das Fontes, o tempo tinha a respiração lenta do sino. O povo, embalado por essa cadência e embebido pela maresia, guarda
Sábado, 8 de novembro de 2025 | Porto Velho (RO)