Segunda-feira, 18 de agosto de 2014 - 05h14
Em Rondônia nem a roubalheira tremenda de bens materiais públicos e nem a morte do servidor público Moisés Rodrigues Lima, ocorrida há 570 dias, foram admitidos como motivos suficientemente fortes para sensibilizar as autoridades a dar as devidas soluções aos diversos crimes ocorridos nos bastidores sombrios da SEDUC.
Coincidentemente, após a morte do citado funcionário estourou o grande rombo nos almoxarifados da SEDUC, e também, ficaram claros os peculatos, os furtos, os desvios de materiais, o enriquecimento ilícito de servidores públicos, a existência de uma verdadeira “gang” que dilapidou o patrimônio adquirido com o dinheiro do povo.
Outra faceta dessas irregularidades no setor público, notadamente na SEDUC, foi evidenciada pela farra de diárias promovidas do alto ao baixo escalão, pois desde a Secretária Izabel Luz até os chefes e o diretor dos almoxarifados e patrimônio receberam grandes quantidades de diárias (10, 15, 20) sem viajar e muito menos trabalhar.
A polícia, por sua vez, pouco se empenhou até a presente data para investigar a fundo e punir exemplarmente todos os corruptos e criminosos que depredaram o patrimônio público na SEDUC, bem como, aqueles que direta e indiretamente contribuíram para a morte do trabalhador.
Parece que quando ocorrem crimes envolvendo funcionários dos altos escalões governamentais a polícia, que não deveria ser politicamente submissa e parcial, não consegue esclarecê-los quer seja pela pressão política exercida “de cima pra baixo”, quer seja pela falta de estrutura, quer seja pela falta de interesse, quer seja pela falta de liberdade e de autonomia.
Fonte: Orlandino Silva
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