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Duas histórias em tempo de guerra



Por Humberto Pinho da Silva

Embora cumprisse, serviço militar, em época, em que o País mantinha guerra inglória – porque todas as nações estavam contra nós: umas, interessava-lhes obter diamantes e petróleo, que havia em África; outras, acreditavam, que os ventos da História, sopravam em nome da emancipação dos povos, – detesto a guerra.

Só no dia “D”, da 2ª Grande Guerra, morreram cerca de doze mil homens!...Na guerra de Canudos, no Brasil, vinte cinco mil, e na Revolução Federalista de 1893, foram degoladas duas mil pessoas, homens e mulheres, crime hediondo, que a maioria dos brasileiros ainda desconhece.

Não fugi – e não sou herói, – como muitos fizeram, e agora passeiam pela capital, auferindo ricas reformas, enquanto outros, que pegaram em armas, e ficaram estropiados, vegetam por esse Portugal, em dificuldades monetárias e saúde.

Bem sei que os heróis da atualidade, já não são os santos nem os que defendem a Pátria, mas os que jogam a bola.

Mudam-se os tempos…e mudam-se os pareceres. O mal é de quem acredita que há justiça, e teve pai que lhe ensinou a ser honesto e honrado.

O preâmbulo amargoso, vem para narrar duas histórias curiosas, ocorridas em tempo de guerra:

Contava meu pai que tinha tio-avô, que sendo intercetado por patrulha militar, durante uma, das muitas revoluções, que houve no Porto, no início da República, foi-lhe perguntado:

- Quem viva?!

Como não sabia a feição política dos militares, respondeu receoso:

- Viva eu e vossemecê, e mais quem você quiser…

Assim se livrou de ser preso ou – quem sabe? - ser fuzilado.

                  O medo, em período de guerra, tolhe a independência e a liberdade de pensar.

Conta Agostinho de Campos, em “ Língua e Má língua “, que no tempo da Grande Guerra, alguém perguntou a Teófilo Braga se era francófilo ou germanófilo. O sábio não estava para dar satisfação ao perguntador e respondeu assim:

- Eu cá sou Teófilo.

Boa resposta para fugir a indesejável interrogatório.

Termino, citando sermão de Padre António Vieira, onde o missionário refere-se ao “ monstro” que tudo devora e: “ que se sustenta das fazendas, do sangue, das vidas e quanto mais come e consome, tanto menos se farta.”

Mas, como enriquece uns, e alimenta a ambição de outros, nunca acabará, enquanto houver homens ávidos de bens e poder.

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