Quarta-feira, 1 de outubro de 2014 - 13h10
Por Humberto Pinho da Silva
No ano de 1872, Camilo Castelo Branco, foi agraciado pelo Imperador do Brasil, com a Ordem da Rosa.
Vivia o escritor, na Rua de S. Lazaro, no Porto.
Recebeu, o Imperador, na pequena sala de visitas da sua modesta casa, onde tinha retratos de escritores, poetas e da Família Real.
Entre eles encontrava - se o de Béranger.
D. Pedro II observou, atentamente, todos os retratos, detendo-se diante do de Béranger.
- Vossa Majestade está a examinar a minha galeria!? …
Ao que o Imperador respondeu serenamente:
- Estou a pensar como Béranger parece mais feliz, que os meus antepassados…
Ao que Camilo prontamente acrescentou:
- Sabe por quê, Majestade? É que fazer versos é menos perigoso que decretos!…
Após os republicanos brasileiros haverem expulsado o Imperador e Sua Família, D. Pedro II chegou a Lisboa, no navio Alagoas.
O Rei de Portugal, D. Carlos, recebeu-o como Chefe de Estado, oferecendo-lhe um palácio, para se hospedar, mas o Imperador recusou, preferindo ir para o Hotel Bragança.
Depositou, em seguida, uma coroa de flores no túmulo do seu amigo Alexandre Herculano, e não quis partir, para Paris, sem visitar Camilo.
O escritor não o queria receber, porque, além de doente, encontrava-se em sérias dificuldades económicas.
D Pedro II era, de longa data, admirador da obra do escritor – considerado o maior prosador da língua portuguesa. Foi recebido pela sobrinha do genial romancista. Pouco depois, apareceu Camilo, abraçaram-se efusivamente, e cavaquearam sobre o exílio forçado do Imperador, e da iminente cegueira de Camilo. D. Pedro tentou consolar o amigo, declarando que os novos recursos da medicina, talvez o levassem à cura.
Entretanto, a Imperatriz, Teresa Cristina, falecia, em Lisboa, no hotel onde estava hospedada, vítima de fulminante ataque cardíaco, que muito abalou o Imperador.
Após o funeral, D. Pedro II partiu para França, onde desgostos e traições, o levariam à morte, em Dezembro de 1891, com 66 anos, no hotel Berdford, em Paris.
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