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Construindo uma cultura da paz


António CD Justo - Gente de Opinião
António CD Justo

A Falácia de “o Povo é quem mais ordena”

Somos filhos da guerra com padrões de comportamento e relacionamentos transmitidos baseados na competição, aquele destino que domina a natureza que se quer afirmar à custa do inferior e que se observa na ordem natural e na ordem cultural. Seria de se experimentar uma cultura que tenha como base a solidariedade em vez de competição.

O slogan de que “o povo é quem mais ordena” revela-se como uma mentira e parte certamente do princípio que o povo que nisso acredita não tem suficiente capacidade de raciocínio e de discernimento, na necessidade de ser dirigido...

A igualdade legal e a igualdade de dignidade humana encontram-se em contradição com a desigualdade natural e social vigente porque a natureza se perpetua e é legitimada na afirmação do superior (mais forte) sobre o inferior...

Toda a ordem se baseia na subordinação, mas não seria descabido estabelecer-se uma ordem de paz já não baseada na competição, mas na colaboração solidária. 

Se observamos mais de perto as sociedades logo notaremos que estas vivem sobretudo da indústria armamentista, do comércio de armas, da guerra contra a natureza, da exploração humana, da rivalidade entre a cidade e o campo, da luta entre o religioso e o secular, entre o materialismo e o espiritualismo, da guerra contra o amor, da guerra contra as âncoras espirituais  e deste modo contra as moradas da espécie humana.

Há uma discrepância entre o querer do povo e o querer do poder, mas como o poder se adquire à custa da ordenação/subordinação do povo, o que resta é o poder e não a solidariedade que o constituiu...

também por isso na educação todo o ensino está ordenado no sentido competitivo de autoafirmação e de exclusão...

Assim se aceitam civilizações produtoras de dor, de separação, medo da perda, de abandono e de violência.

Resta substituir o medo pela confiança e a concorrência pela solidariedade muito embora na consciência de que tudo é complementar!

António CD Justo

Texto completo em Pegadas do Tempo, https://antonio-justo.eu/?p=8331

 

A ATRIBUIÇÃO DA ORDEM DA LIBERDADE A ZELENSKY REVELA UM ABUSO DO PODER

 

Ordem da Liberdade transformada em Ordem Carnavalesca

 

O PR Marcelo Rebelo de Sousa decidiu atribuir a ordem da Liberdade a Zelensky o que tudo indica para um abuso do poder. Atribuir o mais alto grau dessa ordem (Grande-Colar da Ordem da Liberdade) no dia 24 de Fevereiro,  a um presidente que proibiu onze partidos, andou metido em embrulhos de questões oligárquicas, e seguidor de uma política em desacordo com o cumprimento dos acordos de Minsk que pretendiam estabelecer a paz entre grupos nacionais rivalizastes na Ucrânia, num período  em que a Ucrânia se poderia ainda tornar-se numa república federal,  revela-se como abuso e pleno desconhecimento do que se passou na Ucrânia e do que a História dirá sobre ela, sobre o actuar dos seus presidentes e dos beligerantes geoestratégicos. Ou será que o poder e os interesses de alguns cegam?

Será que o senhor Presidente Rebelo de Sousa não estará a meter o carro à frente dos bois por mera razão de proselitismo do próprio cargo ou para alinhar no carnaval político a que nos acostumaram, transformando a Ordem da Liberdade numa distinção de Ordem Carnavalesca? 

A Ordem da Liberdade destina-se a galardoar “serviços relevantes prestados em defesa dos valores da Civilização, em prol da dignificação do Homem e à causa da Liberdade”.  O papel de Zelensky não enquadra em nenhum destes serviços!

O facto de servir interesses anglo-saxónicos, num conflito que explodiu em 2014 na guerra civil que matou 17.000 pessoas, pressupõe um conceito de liberdade emoldurada numa cultura guerreira e não pacífica.

Colocar-se de um lado ou do outro de um povo ucraniano dividido não significa lutar pela liberdade dele, mas sim pelo serviço de interesses, chamem-se eles russos ou ocidentais. O senhor Presidente da República é-o de todo um povo e como tal não se deveria sentir legitimado a colocar-se ao lado dos EUA nem da Rússia!

Esta é uma guerra suja que deixa sujos todos os intervenientes nela!

António CD Justo

Pegadas do Tempo, https://antonio-justo.eu/?p=8328

 

CONFERÊNCIA DE SEGURANÇA 2023 TRANSFORMADA EM CONFIRMAÇÃO DE GUERRA

Marte e Mercúrio (deuses da Guerra/Comunicação) estão satisfeitos

 

... Mais parece uma liturgia em torno de Marte, o deus da guerra e de Mercúrio/Hermes (1) o deus da comunicação, que se dão por vencedores por verificarem que seus servidores estão pela guerra total, sem limites; a iniciativa de paz manifestada pela China perturbou a OTAN que não quer ver a China a intrometer-se nem a favor da Rússia nem contra a intenção da OTAN de intensificar a guerra...

E para que toda a conferência entoasse no mesmo diapasão o presidente francês Mácron solfejou logo no princípio “agora não é tempo de diálogo”... Ainda se nota um certo desacordo entre os parceiros sobre até onde deve ir o apoio logístico de armas à Ucrânia...

Enquanto o Chanceler alemão Scholz, para não se encontrar sozinho na fronte de batalha, admoestava os participantes ao "cuidado antes do tiro precipitado, coesão antes de uma performance solo", Stoltenberg (porta-voz da OTAN) contraria-o dizendo: "Alguns temem que o nosso apoio à Ucrânia represente riscos de escalada". Como se vê o representante da OTAN quer guerra custe o que custar enquanto Scholz apesar de seu seguidor quer ver todos os países unidos no mesmo intento para no fim da parti militar serem todos responsabilizados a pagar a reconstrução da Ucrânia. Neste sentido os alemães pretendem a formação de uma “aliança de tanques de batalha Leo” contínua, o que se torna difícil, mas por fim, a força é que vence...

A Ucrânia manifestou na conferência o desejo de adquirir armas incendiárias de fósforo e munições cluster, embora 100 estados as proíbam.

O único que conta com a cartada da diplomacia foi o representante chinês Wang Yi. Ele quer fazer uma proposta de negociação para a paz...

Por isso o representante chinês disse:   "Vamos apresentar algo. É a posição chinesa sobre a resolução da crise na Ucrânia"; espera-se que até ao dia 24 de Fevereiro a proposta saia a lume...

Por outro lado, a China pode usar o plano de paz para fortalecer a sua reivindicação à república insular de Taiwan...

Há pressa em ganhar a guerra porque se os combates se prolongarem para lá do verão Biden ver-se-á obrigado a debater os gastos da guerra com a população americana no limiar das presidenciais norte-americanas...

Escoltaram as manifestações aproximadamente 4.800 agentes da polícia que acompanharam cerca de 25.000 participantes nas manifestações, sendo parte delas contra a guerra e outra parte defendendo a entrega de armas à Ucrânia (2)!

António CD Justo

Texto completo e notas em Pegadas do Tempo, https://antonio-justo.eu/?p=8321

GUERRA

Procuramos superar o mal através do mal, em vez de ultrapassarmos o mal com o bem!

António CD Justo

In: https://www.pensador.com/colecao/antoniojusto/

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