Quinta-feira, 18 de setembro de 2025 - 16h24
Os efeitos da escassez ainda de mão de obra qualificada na
intralogística são perturbadores. Os novos trabalhadores de movimentação e
armazenagem de materiais não desejam hoje se sujeitar as tarefas 3K (que, em
japonês, significam: sujas, perigosas e pesadas). Os operários mais experientes também não
querem continuar praticando as tarefas de carga/descarga de caminhões, carregar
caixas para o estoque e abri-las para executar o picking fracionado de acordo
com os pedidos, e embalar e conferir as remessas a serem expedidas e assim
sucessivamente.
Em síntese, as tarefas de intralogística, tornaram-se um forte potencial
a automação. Assim, observa-se a tecnologia evoluir e solucionar estas questões
e outras similares. Neste momento há diversos meios e ferramentas que já estão
sendo aplicadas em indústrias e centros de distribuição e que serão
apresentados ao mercado principalmente por meio das feiras de negócios em
logística, além de outras ações pontuais.
Apesar de muita inovação, nada foi descoberto ou criado sem uma base de
conhecimentos que evoluiu nas últimas décadas. A intralogistica é a nova forma
de ver o clássico material handling (manuseio) dos norte-americanos, enquanto
manutention evoluiu para o loger (abastecer em francês), e vale destacar ainda
o sistema Toyota de Produção que, nos anos 1990, motivou o pensamento Lean.
Partindo do todo, na Cadeia de Suprimentos ou Supply Chain, vemos uma
integração cada vez maior dos sistemas de planejamento e gestão (ERP, TMS, WMS,
WCS, MES e outros) proporcionando uma visibilidade de ponta a ponta, com o
emprego de sensores, IoT, RFID, etiquetas inteligentes e dispositivos
conectados para monitorar em tempo real inúmeras variáveis como temperatura,
inventário, ocupação, entre outras.
Há uma comunicação ultrarrápida e estável dos robôs por meio de
tecnologias de conectividade, sistemas de apoio à decisão avançados, com apoio
da IA para otimização de recursos e processos.
Surgiram também os veículos autônomos e drones para vencer os desafios
da logística e que fazem interface com a intralogística. Os sistemas logísticos
(inbound e outbound), gestão de fretes, devoluções, logística reversa/circular
também contribuem para agilização e avanços no processo.
A lista de novidades na logística é animadora com a automação de
processos de compras, programação, transporte, armazenagem, e programação de
entregas/docas. Em nossos dias, há grande presença de armazéns automáticos com
transelevadores, shuttles, empilhadeiras autônomas, conveyors e sorters
inteligentes e paletes, e unitizadores que evoluem a cada edição de nossos
treinamentos ou seminários nesta área tão complexa, mas fascinante.
Já estão ficando frequentes robôs (manipuladores), com visão computacional
e machine learning, que evoluem também para a forma humanoide. E há mais
novidades ainda, como a IA analytics, gêmeos digitais e dashboards inteligentes
que são aplicados cada vez mais em um ambiente de segurança cibernética e
operacional para uma gestão robusta da operação.
Os adventos abrangem também a sustentabilidade e eficiência energética,
racionalização de embalagens e fluxos para reduzir a emissão de C0₂. Estes tópicos são apenas uma amostra do estado da
arte da intralogística pelo mundo e que também se apresenta no Brasil. Não se
pode, portanto, lutar contra os avanços tecnológicos e operacionais, pois
ninguém jamais venceu essa batalha. O caminho certeiro é a tecnologia.
*Reinaldo A. Moura é engenheiro industrial com mais de 50 anos de
experiência, é fundador do Grupo IMAM (1979) e atual conselheiro. Pioneiro na
introdução de conceitos como Intralogística, Kanban, 5S e Lean no Brasil, atuou
em mais de 100 empresas com treinamento e assessoria. Diretor técnico das
Missões de Estudo da IMAM ao Exterior, é também publisher da Revista LOGÍSTICA
desde 1980, atual conselheiro da INTRA-LOG Expo & Fórum. Possui formação
pela FEI e mestrado pela Poli-USP, além de ter lecionado em instituições como
FEI, Mackenzie e Mauá. Autor de diversos livros.
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