Terça-feira, 17 de junho de 2025 - 14h09
A festa de Corpus Christi é um
convite para uma meditação sobre o valor e a importância da Eucaristia em nossa
vida. A palavra Corpus Christi vem da língua latina e
significa Corpo de Cristo. É uma festa que celebra a presença real de Cristo na
Eucaristia. É realizada na quinta-feira seguinte ao domingo da Santíssima
Trindade que, por sua vez, acontece no domingo seguinte ao de Pentecostes.
A origem da Solenidade do Corpo e Sangue de Cristo
remonta ao século XIII. Foi instituída pelo Papa Urbano IV (1262-1264) através
da bula “Transiturus”, de 11 de agosto de 1264.
Urbano IV, antes de ser escolhido Papa, era cônego
de Liège (Bélgica) e se chamava Tiago Pantaleão de Troyes. Ele tinha recebido o
segredo das visões da Freira Juliana de Liége, que pedia uma festa da
Eucaristia no calendário litúrgico.
Conta a história que, sucessivamente, um sacerdote
chamado Pedro de Praga, muito piedoso e zeloso pastoralmente, vivia angustiado
por dúvidas sobre a presença real de Cristo no pão consagrado. Decidiu então ir
em peregrinação ao túmulo dos Apóstolos Pedro e Paulo em Roma, para pedir o dom
da fé. Ao passar por Bolsena (Itália), enquanto celebrava a Santa Missa, foi
novamente acometido pela dúvida. Na hora da consagração veio-lhe a resposta em
forma de milagre: a sagrada hóstia branca transformou-se em carne viva,
respingando sangue, manchando o corporal (paninho branco no qual são colocadas
as sagradas espécies consagradas), o sanguíneo (paninho de limpar o cálice) e a
toalha do altar.
Por solicitação de Urbano IV, os objetos milagrosos
foram, em solene procissão, para a cidade de Orvieto, onde na época o Papa
morava.
São Tomás de Aquino foi responsável pela composição
dos textos da liturgia de Corpus Christi, a pedido do Papa Urbano IV. Para a
celebração, ele compôs também o hino “Pange lingua”, o qual inspira o canto da
Bênção do Santíssimo cantada no Brasil. A parte final deste hino é o Tantum
ergo sacramentum, em português “Tão sublime sacramento”.
A Eucaristia é um dos sete Sacramentos e foi
instituída na Última Ceia, quando Jesus disse: “Este é o meu Corpo… Este é o
cálice do meu Sangue… fazei isto em memória de mim” (Mt 26,26). Assim, vemos
que quem pediu que nós ao longo dos tempos e da história celebrássemos a
Eucaristia foi o próprio Cristo. E a Igreja Católica cumpre este mandato até hoje,
para perpetuar a presença salvadora de Jesus na história.
São Tomás de Aquino afirmou: “Nenhum outro
sacramento é mais salutar do que a Eucaristia. Pois, nele os pecados são
destruídos, crescem as virtudes e a alma é plenamente saciada de todos os dons
espirituais. A Eucaristia é o memorial perene da paixão de Cristo, o
cumprimento perfeito das figuras da antiga aliança e o maior de todos os
milagres que Cristo realizou”.
Para celebrar este Cristo presente na vida da
Igreja, se enfeitam as ruas com tapetes feitos de sal, serragem, borra de café,
areia e flores, para que Jesus Eucarístico possa passar pelas ruas e abençoar
as cidades e seus moradores, que por sua vez lhe conferem adoração e atos de
fé.
Com fé, esperança e amor acolhamos a palavra de Jesus: “Eu sou o pão vivo que desceu do céu. Quem comer deste pão viverá eternamente” (João 6,51).
*Lino Rampazzo é doutor em Teologia e professor no Curso
de Teologia da Faculdade Canção Nova.
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