Segunda-feira, 14 de julho de 2025 - 13h46
O Transtorno
Desintegrativo da Infância (TDI) é uma condição rara do neurodesenvolvimento
que causa a perda de habilidades adquiridas, como linguagem, interação social e
habilidades motoras, após um período de desenvolvimento normal.
O TDI,
anteriormente classificado como um transtorno distinto no DSM-IV, é hoje
considerado parte do Transtorno do Espectro Autista (TEA), segundo o DSM-5,
sendo caracterizado por uma regressão acentuada após um período de
desenvolvimento típico. Por exemplo, a criança tem um desenvolvimento típico
até os 2 ou 3 anos, seguido por uma regressão significativa. A perda de
habilidades é gradual e pode variar em intensidade, com algumas crianças
perdendo mais habilidades do que outras.
Principais sinais:
perda de linguagem e comunicação, dificuldade na interação social, regressão na
capacidade de controlar a eliminação de fezes e urina, perda de habilidades
motoras e cognitivas, mudanças no comportamento, como irritabilidade, ações
repetitivas e sem propósito aparente, que podem ocorrer no movimento, postura
ou fala.
As crianças com
TDI, muitas vezes, são incapazes de um diálogo extenso com outras pessoas e
podem evitar iniciar a comunicação, mesmo em ambientes confortáveis. Também
podem apresentar regressão nas habilidades sociais já adquiridas, ter
dificuldades para fazer ou manter amigos. Elas também podem responder de forma
inadequada a situações sociais, como não dizer “olá” e “adeus”, ou responder
perguntas dirigidas a elas.
As possíveis causas
do TDI ainda não são compreendidas. Pesquisas sugerem que fatores genéticos e
neurológicos podem estar envolvidos, mas o transtorno não é necessariamente
hereditário. O TDI não tem cura.
O diagnóstico e
acompanhamento deve ser clínico e envolve avaliação médica detalhada. É
recomendado buscar ajuda de um neuropediatra, psiquiatra infantil e, em alguns
casos, um neuropsicólogo. A maioria dos casos são diagnosticados entre os 3 e
10 anos.
O tratamento inclui
terapias multidisciplinares para estimular as habilidades da criança e melhorar
sua qualidade de vida. A criança pode precisar de terapia comportamental,
terapia ocupacional, terapia de fala e intervenção medicamentosa para minimizar
os impactos do transtorno.
O envolvimento e a
educação da família são essenciais para o sucesso do tratamento. Para melhorar
o que é ensinado e aprendido nas terapias, a criança também deve ser encorajada
e instruída em casa pelos pais. Com o tratamento e a terapia adequados, se pode
ter uma vida mais plena e feliz.
(*) Luciana Brites
é CEO do Instituto NeuroSaber, psicopedagoga, psicomotricista, mestre e
doutoranda em distúrbios do desenvolvimento pelo Mackenzie, palestrante e
autora de livros sobre educação e transtornos de aprendizagem. Instituto
NeuroSaber https://institutoneurosaber.com.br
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