Quarta-feira, 1 de maio de 2024 | Porto Velho (RO)

×
Gente de Opinião

Opinião

Artigo: Avaliação da educação


O Brasil viu, na semana que passou, a divulgação do Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) de 2009, pelo Ministério da Educação. Este é o atual termômetro de nosso sistema educacional das séries iniciais até o final do Ensino Médio. O resultado sai a cada dois anos. Segundo os números, o Brasil melhorou na educação, ultrapassando a meta prevista para o ano passado. Isso, na média.

De fato, sabemos que a educação brasileira, em especial a rondoniense, precisa “comer muito feijão” para poder ser considerada ideal para a nossa sociedade. Falo isso porque a estrada a percorrer é longa e inclui uma melhor preparo do professor, ampliação da permanência do aluno na escola, aumento da autonomia dos diretores, melhor remuneração e a criação de um foco global integrando educação e desenvolvimento.

Esses são alguns pontos necessários, mas não são todos. O que importa mesmo é que fique claro não apenas para as autoridades da educação no país, mas também para a sociedade, para pais e para estudantes. Exigir um sistema educacional melhor não é função para poucos, mas para todos nós. A deficiência no ensino prejudica o Brasil inteiro, que começa a encarar com dificuldade um ótimo momento econômico que nós mesmos criamos.

Ou seja, o país cresce, ganha posições no ranking econômico mundial mas não tem seu material humano preparado para isso. Temos déficit de engenheiros, de professores das áreas de exatas, de contadores e outras profissões fundamentais para atender à demanda de um crescimento econômico que é – no final das contas – muito bem vindo. É como se programássemos uma festa, chamássemos os amigos e parentes mas não tivéssemos deixado a mesa pronta.

A educação, olhando por esse ponto de vista, é uma peça que deve ser ordenada de acordo com nossas necessidades de forma estratégica. Ou seja: precisamos de engenheiros hoje? Então temos que melhorar nosso ensino de matemática e providenciar mais faculdades do setor. E fizemos isso? Não.

Temos, há mais de 10 anos, péssimas notas da disciplina em exames nacionais e internacionais. Além disso, apenas 13% dos cursos superiores abertos nos últimos anos é voltado às engenharias. Isso significa que formamos profissionais de forma desordenada, causando desequilíbrio: desemprego em alguns setores, carência em outros.

Por isso que digo que a educação precisa ser pensada de forma estratégica, como um engenheiro pensa em uma obra, como um jogador de xadrez vê o tabuleiro: olhando lá na frente e pensando nas necessidades de cada momento. Isso, para que nunca falte mão de obra específica e que seja sempre possível gerar riqueza com material humano, e não apenas com as nossas reservas naturais.

Todos nós precisamos pensar nisso e passar a exigir esse tipo de visão de nossas autoridades. Mas também precisamos dar apoio aos nossos filhos estudantes, e os estudantes devem encarar com seriedade suas tarefas. Esse preparo para o futuro cabe a cada um de nós. Um bom final de semana para todos.

Acir Gurgacz é senador da república pelo PDT de Rondônia

Gente de OpiniãoQuarta-feira, 1 de maio de 2024 | Porto Velho (RO)

VOCÊ PODE GOSTAR

Diretório municipal do PT resolveu jogar Fátima Cleide às feras

Diretório municipal do PT resolveu jogar Fátima Cleide às feras

Matéria do site Rondoniaovivo revela que a ex-senadora Fátima Cleide vai representar o Partido dos Trabalhadores na disputa pela prefeitura de Porto

Revanchismo da história em plena acção contra o Ocidente

Revanchismo da história em plena acção contra o Ocidente

O Presidente Rebelo de Sousa juntou-lhe o seu Pó de Mostrada Segundo noticiou a Reuters, Rebelo de Sousa declarou a correspondentes estrangeiros, um

Por que o PT ainda não indicou pré-candidato à sucessão de Porto Velho?

Por que o PT ainda não indicou pré-candidato à sucessão de Porto Velho?

O PT ainda não indicou pré-candidato à sucessão de Porto Velho. Por quê? Analistas políticos, contudo, apontam a ex-senadora Fátima Cleide como even

Lula quer criar um serviço de tele reclamação

Lula quer criar um serviço de tele reclamação

O presidente Lula saiu-se com mais uma das suas bizarrices. Agora, ele quer criar um serviço de tele reclamação, um canal de comunicação entre o gove

Gente de Opinião Quarta-feira, 1 de maio de 2024 | Porto Velho (RO)