Terça-feira, 4 de dezembro de 2007 - 13h53
Edir Rocha
Odilon de Oliveira Jr
A partir da década de 70, muitos nordestinos migraram para a Amazônia a procura de novas oportunidades, muitos foram trabalhar nos seringais, muitos se organizaram em glebas e outros foram trabalhar em empreiteiras de desmatamento.
Nesta mesma década muitos grupos e empresas da região sudeste passaram a olhar para a Amazônia como uma mina de riquezas, muitos grupos adquiriram terras, outros grilaram terras e a partir daí o desmatamento passou a ser continuo.
A principal fonte de renda para a população daquele local era o seringal e a exploração de madeira, muitos seringueiros passaram a se organizar em grupos e passaram a se apossar de algumas áreas gerando conflitos com os grandes proprietários de terra, mas grande parte dos seringueiros abandonaram sua atividade e foram trabalhar para as empreiteiras na exploração de madeira, um dos trechos do livro de Lúcio Flávio Pinto (Amazônia: No Rastro do Saque), relata bem a história de um seringueiro que comenta ``Eu vivi mais de vinte anos do leite desta árvore sustentando minha família, ao ver-las no chão, derrubadas por mim, sentei em cima e chorei´´.
Cerca de 8 milhões de hectares da Amazônia foram grilados na década de 70, outro fator que chama a atenção foi a criação de títulos de posse para grandes grupos industriais e pessoas da alta sociedade, alguns relatos comentam que até rios estão pertencendo a estes posseiros em documentação, coisa que é um absurdo.
A Amazônia brasileira compreende 3.581 Km2, o que equivale a 42,07% do país. A chamada Amazônia Legal é maior ainda, cobrindo 60% do território em um total de cinco milhões de Km2. Ela abrange os estados do Amazonas, Acre, Amapá, oeste do Maranhão, Mato Grosso, Rondônia, Pará, Roraima e Tocantins.
Alguns ainda relatam que uma das principais causas do desmatamento da Amazônia é o avanço da pecuária e da soja mecanizada, a criação de assentamentos em áreas inadequadas, a atuação ilegal de madeireiros e a construção de estradas sem autorização.
As grandes industriais chamam a atenção, grande parte destas empresas, são proprietários de imensas áreas na Amazônia, e a grande parte delas desmata as áreas para exploração da madeira e implantação da pecuária, muitas delas ainda alegam que trabalham com responsabilidade ambiental, e isso é cômico, uma vez que estas contribuíram e contribuem para desmatamento de milhares de árvores.
Interessante mesmo é um grupo bancário que alega que: `` este é o ano da responsabilidade ambiental´´, e já devastou grandes áreas no estado do Pará, enquanto muitos lutam com suas vidas pela Amazônia, para proteger - lá como patrimônio da humanidade, muitos a devastam todos os dias com suas maquinas de esteira a todo vapor , coletam suas espécies nativas para exploração farmacêutica, extraem seus frutos para a industria alimentícia sem pensar em cultivar a espécie, alem de outras barbaridades.
Alem disso o País no ano de 2004 gastou aproximadamente 400 milhões de reais para o monitoramento da Amazônia, dinheiro este que poderia ser aplicado em benfeitorias para a sociedade se houvesse um pouco de conscientização dos agricultores e pecuaristas da região.
Estamos vivendo a cada dia as conseqüências de nossas atitudes, visivelmente através de efeitos climáticos constantes, que por onde passam destroem famílias e vidas. E afinal, se a Amazônia é da humanidade, é do dever de todos cuidarem da sua casa, pois esta precisa sobreviver a ganância do homem, para o seu próprio bem.
Segunda-feira, 27 de outubro de 2025 | Porto Velho (RO)
Uma Narrativa sobre a Unidade Trinitária do SerHavia um tempo antes do tempo, quando tudo ainda era pura possibilidade suspensa sem forma, vazio em si

Até assistir ao vídeo do advogado Davi Aragão em seu canal do YouTube eu não tinha a menor ideia do potencial destruidor da Magnitsky. Para mim, era

O perigoso caminho que o Brasil resolveu trilhar
O clima político que vem tomando conta do Brasil não reflete, ao contrário do que seria licito esperar, a discussão sadia e construtiva dos graves e

O fim da desigualdade de gênero no Judiciário brasileiro: por mais mulheres no STF
A composição do Supremo Tribunal Federal (STF) não é apenas uma questão de escolhas técnicas ou de mérito jurídico. É, também, um reflexo dos valores
Segunda-feira, 27 de outubro de 2025 | Porto Velho (RO)