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A teologida da prosperidade


Por Humberto Pinho da Silva
 

Graças aos modernos meios de comunicação, o Evangelho foi praticamente difundido em todo o mundo.

Mas, infelizmente, o cristianismo, tendo ganho em quantidade, perdeu, e muito, em qualidade, porque nas últimas décadas surgiram seitas, apelidadas de neopentecostais, que exercem “evangelização” agressiva, baseada em marketing empresarial.

Como se fossem simples estabelecimentos, vendem produtos que vão ao encontro de desejos e interesses dos que amam o mundo: dinheiro, status sociais, fama, sucesso imediato, a troco de ofertas, algumas bem generosas…

Os líderes dessas novas seitas aparecem em programas televisivos, com gestos estudados, como vedetas, como se fossem estrelas de cinema ou ídolos desportivos.

Alguns possuem canais de TV, postos de rádio e jornais e revistas de grande tiragem, quase sempre aparecendo como independentes e generalistas.

São, na realidade, publicações camufladas, ao serviço do líder, que administra o “império” como empresário multinacional.

Possuem aviões, várias residências, e numerosas empresas que vivem à sombra da “Igreja”.

Em regra, tudo, ou quase tudo, encontra-se como propriedade da denominação, para fugirem ao fisco, mas o proveito é próprio.

Há dissimulada concorrência entre os supersacerdotes. Concorrência que se verifica não só em ridicularizar a “fé” dos antagonistas, mas na construção de megatemplos.

O púlpito eletrónico, muito em voga, serve, quantas vezes, para o pastor obter prestígio e dinheiro, e não para difundir a doutrina, como muitos pensam.

Esses “sacerdotes” pululam, já que o “ negócio” vai de vento em popa – parece já não haver quem evangelize ou “cure” de graça!

Infelizmente chegam a contagiar Igrejas Evangélicas, e até certo clero católico.

Nos seus templos, supermercados de religião, resolvem desde problemas amorosos, a financeiros. Para isso “ vendem”: água, óleos, toalhinhas e até livros… que realizam milagres, que crendeiros e supersticiosos, adquirem e recomendam.

Felizmente nem todos os neopentecostais caiem nesses exageros desonestos - há sempre gente honesta em todo lado, - mas quase todos são excelentes psicólogos e conhecedores de truques eficazes para arrastar multidões e explorarem os simples.

Graças ao Papa Francisco, homem integro, corajoso e humilde, que convive com todos, não fazendo exceções de pessoas e classes, o catolicismo parece estar livre do contágio desses oportunistas – que  servem-se das necessidades do povo para terem melhor vida…, – já que Sua Santidade anda empenhado em reformar a Igreja, aproximando-A dos ideais primitivos.

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