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MC Donald's vendeu, não entregou e não queria devolver o dinheiro, no PVH Shopping; jornalista teve que chamar a PM.

Esse caso não é isolado. Há vários pelo país inteiro, é só pesquisar pelas plataformas google, tik tok, instagran e facebook. São centenas de pessoas reclamando da mesma situação, com boa parte sem reaver o dinheiro investido na alimentação ofertada.


MC Donald's vendeu, não entregou e não queria devolver o dinheiro, no PVH Shopping; jornalista teve que chamar a PM. - Gente de Opinião

Quem aí gosta de fastfood com os famosos sanduiches da rede mundial de restaurantes "MC Donald's"? Muita gente gosta dessa e de outras marcas como Burguer King e Bob's, as concorrentes mundiais mais famosas. Pois bem, dizem que na cidade de Porto Velho as franquias não costumam alcançar a otimização exigida pela franqueadora, quando se trata de atendimento humano. Mas dessa vez a falha foi no sistema de venda pelo aplicativo "Méqui Delivery", somado ao despreparo da equipe de gerentes que trabalha na loja localizada no PV Shopping, a única disponível dessa franquia na Capital de Rondônia. Vou lhes contar a experiência:

Meus filhos, um de 11 e outro de 13 anos, viram uma propaganda na plataforma Netflix que chamou a atenção por conta do preço, que remetia ao estímulo do consumo. Eles pediram para este Jornalista, que naquele momento era um pai atencioso, para que fizéssemos uma compra baixando o app da franquia, porque era "mais seguro". Baixamos no meu celular o aplicativo "Méqui Delivery", que pela escrita já se identifica com o público, fizemos o pedido e aguardamos a entrega. Até aí tudo aparentemente correto, tinha tudo para dar certo: endereço correto, pagamento adiantado pelo sistema financeiro "pix", faltava só a entrega que seria realizada por um motoboy terceirizado pela "Mc Donanld's".

E foi aí que começaram as falhas. O app mostrou que faltava 2 minutos para o motoboy chegar ao endereço combinado, o mesmo mandou mensagem pelo aplicativo dizendo que estava em frente ao local combinado, mas ao sair de casa notei que ele não estava. Peguei o celular e falei com ele novamente, avisando que não o estava vendo e que talvez estivesse em outro endereço, não o combinado e registrado no sistema. E foi o que aconteceu, ele havia ido para o sentido errado do endereço, pois o sistema de mapas utilizado pela empresa a qual trabalha possivelmente falhou e mandou ele para outra geolocalização, na mesma rua, mas 2 km mais adiante.

Diante dessa situação, conversei com o entregador pelo chat direto e mostrei que havia passado o endereço certo, ele é que foi parar no errado. O jovem disse que eu deveria tentar alterar pelo sistema, mas como alterar uma coisa que está correta pra mim e falho somente para ele? Daí em diante ele disse que não podia se deslocar de lá para o endereço correto pois estava obedecendo políticas de atendimento da empresa de entregas. O que ele fez? cancelou o pedido, causando frustração, estresse psicológico e uma certa sensação de incapacidade. Meus filhos ficaram tristes e com fome, eu também, confesso.

Foi aí que resolvi ir lá na loja, pois o normal quando acontece esse tipo de falha no atendimento é o entregador motoboy devolver o produto na loja de origem. Como já estava tudo pago, resolvi ir lá na loja dentro do PV Shopping, meus filhos não podiam ficar com a frustração e com fome também. Já estava tudo pago, era só buscar, como se fosse um "plano B", já que o convencional não deu certo. Chamei um motorista por aplicativo e me desloquei por mais de 8 km até a loja física que me vendeu os combos de sanduiches e refrigerantes.

Chegando expliquei o que tinha ocorrido e perguntei se o entregador havia devolvido os produtos que comprei e não foram entregues. O atendimento chamou uma gerente, a moça inicialmente ouviu meu caso contado com detalhes e disse que a política de trabalho deles não tinha obrigatoriedade do moto-entregador devolver os produtos na loja quando acontecia o cancelamento da entrega, mesmo com o pagamento do cliente na conta da empresa. E foi aí que começaram as divergências, sempre mantendo o tom educado e moderado, critiquei essa política de atendimento dizendo que esse sistema era um incentivo que poderia alimentar uma possível má fé do entregador.

Você aceitaria pagar e não receber, ir pra casa e falar para os filhos que foi enganado pela empresa que fornece o alimento? claro que não, ainda mais em uma situação que envolve alimento, que é uma necessidade, mesmo que do momento. Falei então que já que os sistemas de extorno ou devolução do que foi pago não completavam o pedido, já havia tentado inúmeras vezes antes de decidir ir na loja lá no PV Shopping, muito distante do endereço onde eu estava.

Já que a moça gerente não queria ajudar a resolver, então disquei o 190, falei com o atendente no COPOM sobre a situação e a PM-RO foi até lá, para ajudar a encontrar uma solução para o caso ou pelo menos registrar o ocorrido para que eu pudesse posteriormente reaver o dinheiro investido na alimentação. Foi aí que apareceu outro gerente, creio que administrativo, ele mal quis se identificar para o cliente, no caso, eu, e passou a discutir dizendo o tempo todo que eu estava errado. Imagina: você compra, paga adiantado, o sistema de entrega não funciona, você tem o trabalho de sair de sua casa e se deslocar por 8 km até a loja que vendeu os produtos para buscar o que não foi entregue e ainda está errado?! É brincadeira. Falta de respeito e consideração com o cliente. Me senti tratado como malandro, que está fazendo a coisa errada, agindo desrespeitosamente ou cometendo algum delito.

Tive uma péssima experiência com a Mc Donald's em Porto Velho por conta do despreparo desse jovem gerente ou proprietário que foi lá resolver junto com os PM's. A evidência de que ele estava destratando o cliente era tão visível que os PM's resolveram interceder pelo reclamante, que no caso era eu. Pediram para ele resolver, porque eu havia pago e, pela conversa dele, o gerente ou proprietário, dava a entender que eu teria que "me virar" para resolver pelo sistema do aplicativo que era terceirizado por eles. O app era do Ifood, e eu nem havia pedido pelo Ifood o lanche. A responsabilidade era toda do Mc Donald's. A própria guarnição da Polícia Militar que estava atendendo a ocorrência reconheceu isso na hora e solicitou que ele resolvesse o problema. Foi aí que ele entrou no app "Méqui Delivery" e após algumas tentativas conseguiu finalizar o pedido de extorno do dinheiro que havia sido pago. O pior é que a incerteza continuou protagonizando a insatisfação do cliente, porque a promessa vazia é de devolução em até 07 dias, sem garantia nenhuma.

Esse caso não é isolado. Há vários pelo país inteiro, é só pesquisar pelas plataformas google, tik tok, instagran e facebook. São centenas, milhares de pessoas reclamando da mesma situação, com boa parte sem reaver o dinheiro investido na alimentação ofertada. Eu sou mais uma vítima que estrou pra essa soma matemática do descaso e das falhas da franquia no sistema delivery de entregas.

O gerente poderia ter resolvido com a entrega do meu pedido, mas ele preferiu sacanear. E foi assim que eu fui embora, já estressado psicológicamente, frustrado por não levar o lanche dos meus filhos e ainda com essa péssima experiência com a marca Mc Donald's, uma marca que desde a minha infância sempre curti, compartilhei e comentei positivamente para todos os amigos. Eu comi Big Mac em várias cidades do Brasil, mas aqui em Porto Velho, essa marca acaba de ser morta e enterrada pelo desprezo com que fui tratado nessa fatídica segunda-feira, dia 10 de novembro de 2025. Na minha mente, "aqui jaz Mac Donald".

PARA OS LEITORES QUE TIVEREM, ASSIM COMO EU, UMA PÉSSIMA EXPERIÊNCIA DE TER DOR DE CABEÇA, ESTRESSE PSICOLÓGICO, FRUSTRAÇÃO, ENTRE OUTROS, FICA A DICA QUANDO ISSO ACONTECER, SEJA EM QUAL RESTAURANTE FOR:

Você tem direito ao reembolso total do valor pago, pois a não entrega do produto configura um descumprimento da oferta por parte da empresa, conforme o Código de Defesa do Consumidor (CDC). 

Passos a Seguir para Reaver Seu Dinheiro:

Contato Imediato com o McDonald's (ou App de Entrega):

Sua primeira ação deve ser tentar resolver diretamente com a empresa. Use os canais oficiais de atendimento ao cliente (SAC, chat do aplicativo, e-mail ou telefone).

Se o pedido foi feito através de um aplicativo de delivery (Uber Eats, iFood, etc.), contate o suporte do próprio app, pois eles gerenciam a entrega e o pagamento na maioria das vezes.

Informe claramente que o pedido não foi entregue e que você exige o reembolso total do valor pago.

Registro da Reclamação:

Documente tudo: Guarde números de protocolo, capturas de tela (prints) da compra, do status do pedido ("entregue" se for o caso), e-mails e mensagens trocadas com o atendimento. Essas provas serão essenciais caso precise escalar a reclamação.

Se a empresa se recusar a devolver o dinheiro ou não responder em um prazo razoável, avance para a próxima etapa.

Abertura de Reclamação Formal:

Consumidor.gov.br: Registre uma reclamação detalhada na plataforma online oficial do governo, o Consumidor.gov.br. Muitas empresas, incluindo o McDonald's, respondem a essas solicitações por lá.

PROCON: Se a plataforma anterior não resolver, procure o PROCON da sua cidade ou estado. Você pode fazer a denúncia online ou presencialmente.

Reclame Aqui: Embora não seja um órgão oficial, o site Reclame Aqui é amplamente utilizado e pode pressionar a empresa a resolver seu problema, pois a reputação online é importante para eles.

Medidas Judiciais (Último Recurso):

Caso todas as tentativas administrativas falhem, você pode buscar um advogado especializado em direito do consumidor ou entrar com uma ação no Juizado Especial Cível (pequenas causas).

O Código de Defesa do Consumidor garante seus direitos e a empresa pode, inclusive, ser obrigada a pagar indenização por danos morais, dependendo da frustração e transtornos causados. 

A lei está do seu lado. A empresa é responsável por entregar o que foi pago e, na falha da prestação do serviço, deve restituir o consumidor integralmente. 

JORNALISTA GÉRI ANDERSON (DRT/RO 1785)

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.


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