Sexta-feira, 19 de abril de 2024 | Porto Velho (RO)

×
Gente de Opinião

Mundo - Internacional

Questões internas provocam ausência de países na cúpula


Renata Giraldi
Agência Brasil

Brasília – A 3ª Cúpula de Chefes de Estado e de Governo América do Sul–Países Árabes (Aspa), em Lima, no Peru, ocorrerá sem a presença de pelo menos quatro líderes políticos das duas regiões, cujas discussões costumam causar impactos no cenário internacional. A uma semana da eleição na qual tenta se reeleger, o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, avisou que não comparecerá. Às voltas com dificuldades internas e na vizinha Síria, o presidente do Egito, Mohamed Morsi, também faltará.

Os presidentes Evo Morales (Bolívia) e Sebastián Piñera (Chile) informaram que não comparecerão à cúpula. Para negociadores das duas regiões, ambos estão envolvidos também com questões internas devido a uma série de manifestações tanto nas principais cidades bolivianas, quanto nas chilenas. Os demais líderes da região prometem estar presentes ao evento.

Dos 34 países da Aspa, dois estão suspensos: o Paraguai e a Síria. Desde junho, o Paraguai está suspenso do Mercosul e da União de Nações Sul-Americanas (Unasul) devido às suspeitas de que o processo de impeachment do então presidente Fernando Lugo ocorreu sem obedecer às instituições democráticas. As autoridades paraguaias negam irregularidades. A suspensão acaba em abril de 2013.

A Síria foi suspensa da Liga Árabe devido à onda de violência no país, que atinge principalmente civis e envolve tanto as autoridades do governo do presidente Bashar Al Assad, quanto as da oposição. A Liga Árabe rechaça a violência, cobra providências de ambos os lados para encerrar o impasse e rebate a possibilidade de intervenção militar externa.

A 3ª Cúpula Aspa estava prevista para ocorrer em fevereiro deste ano, mas o elevado número de países enfrentando protestos e manifestações levou ao adiamento das reuniões. No entanto, os líderes políticos sul-americanos e árabes pretendem ressaltar a importância dos debates.

A iniciativa do Brasil de criar a Aspa, em 2003, virou realidade em 2005. Para analistas internacionais, a Aspa é considerada uma ação pioneira e inovadora das negociações e da cooperação Sul-Sul. A meta principal é o fortalecimento do multilateralismo “com base” em percepções comuns a respeito da busca pela paz e do desenvolvimento econômico com inclusão social, como destacaram os líderes nos útimos documentos do grupo.
 

Gente de OpiniãoSexta-feira, 19 de abril de 2024 | Porto Velho (RO)

VOCÊ PODE GOSTAR

Especialistas apontam erro grave de Lula na comparação entre conflito Israel-Hamas com Holocausto

Especialistas apontam erro grave de Lula na comparação entre conflito Israel-Hamas com Holocausto

A recente comparação feita pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva entre o conflito entre Israel e Hamas e o Holocausto gerou fortes reações, tant

Demanda histórica, ponte internacional de Guarajá-Mirim tem edital lançado: conexão entre Brasil e Bolívia

Demanda histórica, ponte internacional de Guarajá-Mirim tem edital lançado: conexão entre Brasil e Bolívia

Considerada um dos destaques do Novo PAC para a região Norte, a ponte rodoviária que fará a ligação entre Brasil e Bolívia, pela BR-425/RO, está c

Sebrae RO abre 2ª Chamada para Missão Internacional em Barcelona

Sebrae RO abre 2ª Chamada para Missão Internacional em Barcelona

Considerado o principal evento internacional para cidades, o Smart City Expo World Congress 2023 acontece na primeira quinzena de novembro em Barcel

Ponte internacional Brasil-Bolívia terá edital de licitação lançado em novembro pelo Ministério dos Transportes

Ponte internacional Brasil-Bolívia terá edital de licitação lançado em novembro pelo Ministério dos Transportes

Importante para fortalecer a integração sul-americana, a ponte rodoviária que ligará Brasil e Bolívia, na BR-425/RO, está mais perto de se tornar re

Gente de Opinião Sexta-feira, 19 de abril de 2024 | Porto Velho (RO)