Domingo, 24 de janeiro de 2010 - 15h43
Luana Lourenço
Agência Brasil
A ida do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a duas reuniões internacionais antagônicas – o Fórum Social Mundial e o Fórum Econômico de Davos – na mesma semana não é considerada contraditória pelos criadores do encontro de esquerdas, que começa amanhã (25) em Porto Alegre.
“Ele é presidente de milhões de brasileiros, representa o país, é natural que seja convidado”, disse um dos idealizadores do FSM, Chico Whitaker.
Na terça-feira (26), Lula vai receber os movimentos sociais para um “diálogo” sobre seus sete anos de governo e para a comemoração dos dez anos do Fórum Social Mundial. Na quinta-feira (29), receberá em Davos o prêmio de Estadista Global.
Descontraído, Oded Grajew, também considerado “pai” do FSM, disse que Davos é um lugar bonito e que recomenda a visita. “Conheço Davos, é um lugar ótimo, só não se pode levar adiante as ideias de lá. Acho muito bom ir lá, a comida é ótima, os vinhos são bons, só não se pode trazer as ideias”, brincou.
Whitaker ponderou que em 2001, quando o Fórum Social foi criado como um contraponto à reunião de Davos, o convidado de honra do evento suíço era o ex-presidente argentino Carlos Menem, um dos símbolos da política neoliberal na América Latina. Um ano depois, a economia do país quebrou. “Homenagearem o Lula agora é um sinal de que Davos mudou. Mas é difícil esperar que eles admitam que não estavam certos."
Ao contrário da reunião de Davos, que segundo Whitaker, “mais uma vez terá clima de velório”, o Fórum Social Mundial conseguiu propor soluções para que alguns países saíssem mais rápido da crise financeira internacional, caso do Brasil.
“O Fórum sempre se advogou pela distribuição de renda, fortalecimento do mercado interno, diversificação das relações internacionais, menos dependência. E isso foi colocado em prática no Brasil e em outros países da América Latina. Não foi por obra do destino ou vontade de Deus que o Brasil tenha se saído melhor da crise, as propostas do Fórum foram seguidas e permitiram recuperação mais rápida”, apontou Grajew.
Com expectativa de público de 30 mil pessoas até sexta-feira (29), o Fórum Social Mundial vai abrigar cerca de 600 atividades em Porto Alegre e na região metropolitana da capital gaúcha. Na programação, nomes conhecidos pelo público do evento, e figurões da esquerda mundial, como o sociólogo português Boaventura de Sousa Santos e o geógrafo britânico David Harvey.
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