Sexta-feira, 12 de agosto de 2011 - 08h09
Renata Giraldi*
Agência Brasil
Brasília - A secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, pediu nessa quinta-feira (11) à comunidade internacional que se una em favor da adoção de mais às sanções à Síria como reação às ações repressivas promovidas pelo governo do presidente Bashar Al Assad, contra manifestantes. O governo brasileiro, porém, é contrário. Para o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, o ideal é buscar uma solução negociada e pacífica, sem imposição de restrições.
Hillary disse que ações por parte da China, Índia, Rússia e Europa podem aumentar significativamente a pressão sobre o governo sírio. Segundo a secretária, o governo do presidente norte-americano, Barack Obama, analisa que o regime de Assad perdeu sua legitimidade. Mas, para ela, é fundamental que as sanções à Síria sejam adotadas de forma coletiva e não só pelos Estados Unidos.
De acordo com informações não confirmadas oficialmente, o governo Obama prepara um pedido público para que Assad deixe a presidência da Síria. No entanto, o Brasil, a Índia e a África do Sul, que integram o grupo Ibas, articulam ações que evitem mais restrições à Síria e levem ao fim do impasse.
Há dois dias, representantes do Ibas se reuniram com Assad, em Damasco. Na conversa, o presidente sírio reconheceu que houve excessos por parte do governo ao lidar com os manifestantes e comprometeu-se a implementar reformas políticas e econômicos, aceitando o multipartidarismo no país.
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