Quinta-feira, 28 de março de 2024 | Porto Velho (RO)

×
Gente de Opinião

Mundo - Internacional

Embaixador nega clima de mal-estar com gov iraniano


Renata Giraldi
Agência Brasil

Brasília - O emissário do Brasil para o Oriente Médio mais a Turquia e o Irã, embaixador Cesário Melantonio Neto, negou à Agência Brasil que ocorra um clima de mal-estar nas relações entre os governos brasileiro e iraniano. Segundo ele, o diálogo entre as autoridades dos dois países é constante e indispensável, considerando o papel econômico do Irã – que controla o Estreito de Ormuz e mantém intenso comércio de petróleo e carvão.

“Não há mal-estar algum. Para entender o que ocorre no Irã é preciso compreender que no país há três forças políticas, uma exercida pelos religiosos e guardiães, outra pelo presidente da República e uma terceira pelo Parlamento. Não há no Irã apenas um porta-voz. São pelo menos três”, disse Melantonio Neto, que foi embaixador do Brasil em Teerã, capital iraniana.

Na semana passada, o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, conversou com o embaixador do Brasil no Irã, Antonio Salgado, por cerca de uma hora, no Rio de Janeiro. Na reunião, Patriota quis saber de Salgado se havia no Irã críticas à política externa brasileira, conforme entrevista do porta-voz do presidente iraniano Mahmoud Ahmadinejad, Ali Akbar Javanfekr.

No encontro, Salgado negou que as relações entre o Brasil e o Irã estejam abaladas. Segundo Salgado, os contatos comerciais entre os dois países são intensos e tendem à ampliação. No dia 23, Ali Akbar Javanfekr, em entrevista à Folha de S. Paulo, fez críticas ao governo brasileiro. De acordo com ele, o governo não deu continuidade à política iniciada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Porém, nos últimos dias, os porta-vozes do Ministério das Relações Exteriores e do próprio Javanfekr desmentiram as críticas. De acordo com eles, as relações do Irã com o Brasil são positivas.

A exemplo de Melantonio Neto, o professor Murilo Sebe Bon Meihy, do Departamento de História da Pontifícia Universidade Católica (PUC) do Rio de Janeiro, disse à Agência Brasil que é necessário compreender que a política externa iraniana é “complexa”, pois envolve três setores de Poder – o Executivo, o religioso e o Legislativo.

“No Irã, há uma composição de poderes. São pelo menos três forças que vivem uma espécie de competição. A declaração de um porta-voz não representa o todo. É preciso compreender essa complexidade”, alertou Meihy.
 

Gente de OpiniãoQuinta-feira, 28 de março de 2024 | Porto Velho (RO)

VOCÊ PODE GOSTAR

Especialistas apontam erro grave de Lula na comparação entre conflito Israel-Hamas com Holocausto

Especialistas apontam erro grave de Lula na comparação entre conflito Israel-Hamas com Holocausto

A recente comparação feita pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva entre o conflito entre Israel e Hamas e o Holocausto gerou fortes reações, tant

Demanda histórica, ponte internacional de Guarajá-Mirim tem edital lançado: conexão entre Brasil e Bolívia

Demanda histórica, ponte internacional de Guarajá-Mirim tem edital lançado: conexão entre Brasil e Bolívia

Considerada um dos destaques do Novo PAC para a região Norte, a ponte rodoviária que fará a ligação entre Brasil e Bolívia, pela BR-425/RO, está c

Sebrae RO abre 2ª Chamada para Missão Internacional em Barcelona

Sebrae RO abre 2ª Chamada para Missão Internacional em Barcelona

Considerado o principal evento internacional para cidades, o Smart City Expo World Congress 2023 acontece na primeira quinzena de novembro em Barcel

Ponte internacional Brasil-Bolívia terá edital de licitação lançado em novembro pelo Ministério dos Transportes

Ponte internacional Brasil-Bolívia terá edital de licitação lançado em novembro pelo Ministério dos Transportes

Importante para fortalecer a integração sul-americana, a ponte rodoviária que ligará Brasil e Bolívia, na BR-425/RO, está mais perto de se tornar re

Gente de Opinião Quinta-feira, 28 de março de 2024 | Porto Velho (RO)