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Meio Ambiente

Tempo seco bate recorde em Rondônia; Cacoal tem 17% de umidade


 
A falta de umidade na atmosfera agrava os problemas de respiração, principalmente em crianças e idosos. Em Ji-Paraná e Machadinho d' Oeste também houve recorde de baixa umidade do ano nesta sexta-feira.

Daniel Panobianco – Os dados das estações meteorológicas espalhadas pelo Estado de Rondônia dão conta de que esta sexta-feira já é a mais seca do ano em diversos municípios.

Entre as 13 e 15 horas (local), as estações registraram os seguintes índices considerados como Estado de Alerta pela OMS (Organização Mundial de Saúde), em uma escala que vai de menos de 12% a 30%. Em Cacoal, a estação automática do INMET (Instituto Nacional de Meteorologia) registrou a menor umidade desde que a estação foi aberta em julho, apenas 17%. O recorde anterior era de 18% registrado no dia 11 desse mês. A máxima em Cacoal na mesma estação chegou a 37,2°C às 15 horas.

Em Ji-Paraná também houve recorde de tempo seco. O índice mínimo chegou a 18% no Centro da cidade e na estação do SIVAM (Sistema de Vigilância da Amazônia). O recorde pertencia ao dia 11 de agosto, com 19%. A temperatura máxima em Ji-Paraná chegou a 37,5°C.

Em Machadinho d' Oeste, nordeste do Estado, na estação da SEDAM (Secretaria de Estado de Desenvolvimento Ambiental), a umidade mínima nesta sexta-feira é a menor do ano, com apenas 19%, também deixando o município em Estado de Alerta. A temperatura máxima na cidade chegou a 38°C, a mais alta do ano também.

Em Porto Velho, a estação do INMET, na Zona Sul, registrou apenas 23% de umidade. O recorde anual ainda é do dia 25 de julho, quando foi registrada umidade mínima de 21%. A temperatura máxima no INMET hoje chegou a 36,7°C, um décimo a menos do recorde do ano registrada no dia 3 desse mês.

Já na estação da REDEMET (Rede de Meteorologia do Comando da Aeronáutica), no Aeroporto Internacional Governador Jorge Teixeira de Oliveira, a umidade mínima chegou a 32% e a temperatura máxima a 36,5°C.

No centro-oeste do Estado, a estação do CTENERG (Fundo Setorial de Energia) em São Miguel do Guaporé apontou umidade mínima de apenas 24% e temperatura máxima de 36°C às 15 horas (local).

Em Guajará-Mirim, dados de METAR do aeroporto local reportaram umidade mínima de 37% e temperatura máxima de 36°C.

Já em Vilhena, dados de METAR do aeroporto Brigadeiro Camarão registraram umidade mínima de 28% às 15 horas. Esse valor só não é menor do registrado ontem que foi de 24% e do recorde anual de 21% registrado no dia 15 de julho. A temperatura máxima em Vilhena chegou a 33°C.

A baixa umidade relativa do ar foi observada em níveis críticos, assim estabelecidos pela OMS, quando o valor está abaixo de 30%, por oferecer riscos à saúde humana. Em Rondônia, os hospitais de várias cidades estão lotados e registraram nas duas últimas semanas, um aumento de mais de 60% no número de internações, com crianças e idosos com alguma dificuldade respiratória agravada pela seca intensa – que já dura mais de 100 dias no sudoeste do Estado – e pela baixa umidade relativa do ar aliada à fumaça das queimadas em áreas localizadas.

Segundo previsões do CPTEC/INPE (Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos) do (Instituto Nacional de Pesquisas Especiais), a umidade deve continuar baixa em grande parte do Brasil até a segunda quinzena de setembro, onde são remotas as chances de chuva generalizada, inclusive em Rondônia.

Dados: INMET – REDEMET – SIVAM – CTENERG – CPTEC/INPE
Fonte: De olho no tempo

 

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