Sexta-feira, 3 de outubro de 2008 - 04h14
Estado lidera com 750 focos de queimadas em apenas 48 horas. O tempo seco contribui para a propagação dos focos já existentes.
Daniel Panobianco – O mês de outubro começou vermelho em Rondônia. O Estado já acumula em apenas 48 horas, cerca de 750 focos de queimadas, sendo 597 só nas últimas 24 horas, de acordo com dados dos satélites que sustentam o monitoramento do INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). Os Estados de Mato Grosso e Pará tiveram 155 focos, sendo 152 apenas em Mato Grosso. Isso porque a instabilidade já retornou em grande parte do Pará e leste de Mato Grosso. Por isso, os focos diminuíram drasticamente, mas a visão vista agora de Rondônia, assusta. (Clique na imagem para ampliar e ver a quantidade de queimadas por municípios)
As Unidades de Conservação (UCs) avistadas na quarta-feira com muito fogo, 40 focos ao todo, nas últimas 24 horas tiveram 60 focos. Estas são áreas de lei, que deveriam ser fiscalizadas pelas autoridades. A Floresta Nacional do Bom Futuro, onde existe uma área de assentamento do INCRA, os dados acusaram para 23 focos de queimadas. Na Reserva Biológica do Jaru, entre Ji-Paraná, Machadinho d' Oeste e Vale do Anari, os satélites detectaram 9 focos, sendo 5 dentro de áreas de floresta densa.
No Parque Nacional dos Campos Amazônicos, área criada pelo governo federal em 2004, para a proteção do que sobrou de mata nativa em Rondônia, foram detectados 12 focos de queimadas, todos em áreas de derrubada ilegal de madeira.
Na tão comentada e glorificada Floresta Nacional do Jamarí, em Cujubim, foram 2 focos de queimadas dentro de uma área de mata nativa. Em Guajará-Mirim, foram registrados 2 focos de queimadas na Reserva Extrativista Rio Ouro Preto. O Parque Nacional dos Pacaás Novos, em Alvorada d' Oeste teve 6 focos de queimadas nas últimas 24 horas e a Reserva Biológica do Guaporé, entre Seringueiras e Costa Marques, 6 focos completando a lista dos 60 focos em áreas de lei.
O nível de zoom em que os satélites dão ao se detectar um foco de queimada permite ao internauta ver claramente com até 50 metros de altitude, onde o solo está pegando fogo. A tecnologia empregada hoje diz com precisão as coordenadas de latitude e longitude de cada foco de queimada. Portanto, é inverídica a informação das autoridades em se dizer que não é possível identificar onde a terra verdadeiramente está queimando. O que falta em Rondônia não é tecnologia e sim boa vontade e pulso firme em fiscalizações. Afinal de contas, queimadas em Rondônia ocorrem todos os anos só que nessa época sempre há um empecilho que esbarre na preservação ambiental local. Depois que o nome do Estado é discutido negativamente lá fora, os governantes locais partem para o bate boca tentando mostrar algo que não existe. Em Rondônia a situação das queimadas é assim: "em casa de ferreiro, espeto de pau".
Dados: CPTEC/INPE
Fonte: De olho no Tempo
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