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Meio Ambiente

Rondônia está em Estado de Atenção por conta da baixa umidade do ar



Os níveis de umidade caem bruscamente nesta época do ano devido à mudança de direção dos ventos e deslocamento das massas de ar. Não há previsão de mudança no tempo até o final do mês.

Daniel Panobianco – Céu azul, nenhum sinal de nuvem carregada, calor intenso e baixa umidade relativa do ar. O inverno brasileiro tem essa característica peculiar, quando normalmente a estação é lembrada somente pelos dias frios. O inverno no Hemisfério Sul também tem ondas de calor e ar muito seco, efeito de grandes circulações de ventos que giram no sentido anti-horário, nas médias e altas camadas da atmosfera, entre 5 mil e 12 mil metros de altitude. O chamado "bloqueio atmosférico" impede o avanço de frentes-frias que geram chuvas em algumas localidades e quase sempre queda de temperatura.

Neste inicio de mês um forte bloqueio atmosférico se configurou no oceano Atlântico, fazendo com que as frentes-frias não avancem para latitudes menores, como no caso da Amazônia. Os níveis de umidade relativa do ar (URA) estão bastante baixos desde o último domingo em pelo menos 8 Estados brasileiros, incluindo Rondônia.

Nesta semana, desde segunda-feira, o nível de URA está abaixo de 30% no centro-sul rondoniense. Na cidade de Vilhena, por exemplo, a estação meteorológica da REDEMET (Rede de Meteorologia do Comando da Aeronáutica) tem registrado valores de 24%, 25% de umidade no ar apenas. Esse valor de umidade é considerado como Estado de Atenção pela OMS (Organização Mundial de Saúde). Valores entre 12% e 20% são considerados como Estado de Alerta e abaixo de 12%, como Estado de Emergência.

Como julho é tipicamente um mês muito seco em todo o Estado de Rondônia, os simuladores de previsão a médio prazo dos institutos não indicam mudança no escoamento dos ventos nas próximas semanas, o que deve manter o bloqueio atmosférico atuante, embora com menos intensidade no Centro-Sul do Brasil. Por enquanto, não há previsão de friagem e aumento da nebulosidade.

Algumas medidas ajudam a driblar o tempo seco:

- À noite, manter toalhas molhadas na cabeceira da cama para umidificar o ambiente ou colocar uma bacia com água;

- Ingerir muita água durante todo o dia, principalmente nos horários mais quentes;

- Usar protetor solar, mesmo estando à sombra;

- Dar preferência às roupas claras e leves;

- Usar soro fisiológico nos olhos e narinas, para evitar o ressecamento e ardência dos mesmos, principalmente nos olhos;

- Evitar deixar plantas naturais dentro de casa. As plantas são como nós à noite, respiram o oxigênio e liberam o gás carbônico deixando o ar mais saturado.

Nesta época do ano, crianças e idosos, principalmente são os mais afetados pelo tempo seco, mas na regra geral todos sentem os efeitos da baixa umidade. O corpo fica mais cansado e o nível de stress aumenta consideravelmente.

O jeito é se acostumar e tomar precauções, pois o tempo seco vai até meados de outubro.

Dados: OMS – REDEMET
Fonte: De olho no tempo

 

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