Terça-feira, 4 de novembro de 2008 - 00h00
Em 24 horas nasceram 200 filhotes
de tracajá e tartaruga-da-Amazônia
DANDARA ASSUNÇÃO (*)
Agência Amazônia
BELÉM, PA – Novos inquilinos estão dando o ar graça no Parque Zoobotânico do Museu Goeldi. São 200 quelônios, entre tracajás e tartarugas-da-Amazônia (Podocnemis expansa), que, até dezembro, estarão desovando em seus recintos. Segundo a veterinária Aline Imbeloni, "Os filhotes de tracajá nasceram com 19g e com 4 cm de carapaça e as tartarugas da Amazônia nasceram com 5cm e com 28g". Eles estão alojados no quelonário do Parque Zoobotânico. "
Ao nascerem, os filhotes instintivamente procuram a água, refugiando-se de predadores. Eles foram retirados do recinto de origem em razão da alta densidade de animais adultos que poderiam levar a riscos traumáticos e até mesmo a sua morte", explica Imbeloni.
Messias Costa, veterinário do Parque, alembra que elas crescem muito vagarosamente e vão ficar no quelonário por um longo tempo. Futuramente, elas serão oferecidas para criadouros, outros parques e mesmo para soltura. Ao nascerem, as tartarugas ficam por duas semanas sem se alimentar, usando as reservas nutricionais do vitelo, necessárias para a sobrevivência do animal nos primeiros dias de vida.
Na areia
Excelente resultado. E nascerão mais quelônios no Pará, prevê veterinário /MUSEU GOELDI
As tartarugas desovam na areia, numa profundidade de aproximadamente 80 centímetros. "Curiosamente, o sexo dos animais é determinado pela temperatura em que os ovos são incubados" , explica o veterinário.
"Acima de 30 graus nascem fêmeas, enquanto que abaixo dessa temperatura, predominam os machos," comenta Imbeloni.
Outra característica marcante desses animais é o tamanho da fêmea: quando adulta, pode alcançar até 60 quilos e 1 metro de carapaça. Já o macho mede um terço do tamanho de uma fêmea adulta e não passa de 15kg. Outros nascimentos de filhotes de tartarugas podem ocorrer a qualquer momento. Até agora, foram contabilizados cerca de 50 filhotes de tracajá e 150 de tartarugas da Amazônia. "E ainda esperamos novos filhotes de outra desova rocorrida em agosto, cujos ovos foram remanejados em função da reforma do recinto dos quelônios", conta a veterinária.
(*) É repórter da Agência Museu Goeldi em Belém (PA).
Fonte: Montezuma Cruz - A Agênciaamazônia é parceira do Gentedeopinião
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