Sexta-feira, 26 de abril de 2024 | Porto Velho (RO)

×
Gente de Opinião

Meio Ambiente

Radiação solar agravará ainda mais problemas em MT


Edilson Almeida - O clima em Mato Grosso poderá se tornar ainda mais insustentável. O alerta foi feito pelo astrônomo Eduardo Baldacci, cuja atividade é reconhecida pela National Aeronautics and Space Administration (NASA) e participante do Projeto “Earth Sun Day”. Ele defendeu a imediata decretação da “moratória das queimadas”, medida já adotada no passado e que volta a ser debatida entre físicos e ambientalistas por causa da intensidade das queimadas no Estado. “Além dos problemas ambientais que já temos, a grande atividade solar irá provocar alterações ainda mais sensíveis no efeito estufa” – explicou Baldacci.

Com base nas orientações do físico solar David Hathway do Marshall Space Flight Center, a radiação do Sol oscila num período médio de 11 anos entre um máximo e o seguinte. No entanto, este intervalo pode variar entre 8 e 15 anos. Atualmente estamos vivendo num período de mínima atividade do Sol “sui generis”, uma mínima com grande atividade, sugerindo que o próximo ciclo solar será mais intenso que o anterior. Com efeito, o máximo do ciclo solar 24 que vai ocorrer em 2010 ou 2011, será um dos ciclos mais intensos registrados desde que se começou a observar o Sol há 400 anos.

“Como nada pode ser feito para diminuir a atividade solar, é urgente que medidas mais drásticas sejam tomadas para diminuir o efeito estufa, tal como o aumento do período proibitivo de queimadas, ou até mesmo, a Moratória das Queimadas” – frisou o astrônomo mato-grossense.

A amostragem da qualidade do ar em Cuiabá, medida pela Secretaria Estadual do Meio Ambiente, demonstrou que a concentração de material particulado em suspensão na atmosfera ultrapassou os padrões secundários e primários da qualidade do ar, indicando a qualidade inadequada do ar. Em relação as partículas totais em suspensão no ar foram registrados índices de 262,4 microgramas por metro cúbico a 418 microgramas por metro cúbico, não atendendo aos limites estabelecidos pela Resolução 03/1990 do Consleho Nacional de Meio Ambiente (Conama). A legislação determina para o padrão primário 240 microgramas por metro cúbico e para o secundário 150 microgramas por metro cúbico.

O levantamento mostrou ainda o Dióxido de Enxofre atendeu os padrões da legislação durante quatro dias, registrando 0,0 µ/m³. A legislação determina para o padrão primário 363 µg/m³ e 100 µg/m³ para o secundário. Entretanto, no terceiro dia o Dióxido de Enxofre atingiu 149,3 µg/m³, não atendendo o padrão secundário. No caso do Dióxido de Nitrogênio os índices registrados foram de 154,9 µg/m³ a 244,9 µg/m³, não atendendo apenas o padrão secundário.

Os efeitos à saúde causados pelo material particulado em suspensão e pelo dióxido de nitrogênio são diversos, variando desde irritação na garganta, danos aos pulmões, agravamento da bronquite e da asma, aumento da suscetibilidade às infecções respiratórias, como gripe e resfriados comuns. No meio ambiente, os efeitos são a redução da visibilidade e a deposição ácida, que pode danificar árvores, solo e a vida aquática em lagos, além de causar danos ao patrimônio, causado pela corrosão de materiais. O monóxido de carbono é tóxico e altos índices estão relacionados a prejuízos nos reflexos, na capacidade de estimar intervalos de tempo, no aprendizado, no trabalho e na capacidade visual.

Fonte: 24 Horas News - Daniel Panobianco (wwwdeolhonotempo.blogspot.com)

Gente de OpiniãoSexta-feira, 26 de abril de 2024 | Porto Velho (RO)

VOCÊ PODE GOSTAR

EcoCast: série especial discute os desafios e oportunidades do mercado de carbono no Brasil

EcoCast: série especial discute os desafios e oportunidades do mercado de carbono no Brasil

Você sabe o que são os famosos créditos de carbono? E como eles funcionam, você sabe? Na série especial “Carbono: desafios e oportunidades” recebemos

Inovação e Sustentabilidade em Rondônia: UNIR e Eletrogoes Avançam na Pesquisa Florestal

Inovação e Sustentabilidade em Rondônia: UNIR e Eletrogoes Avançam na Pesquisa Florestal

O Grupo de Pesquisa de Recuperação de Ecossistemas e Produção Florestal, coordenado pelas Dra. Kenia Michele de Quadros e Dra. Karen Janones da Roch

Pesquisa estuda folha da Amazônia para substituição do mercúrio na extração de ouro

Pesquisa estuda folha da Amazônia para substituição do mercúrio na extração de ouro

Pau-de-balsa é uma espécie florestal nativa da Amazônia e já é utilizada de forma artesanal na Colômbia para extração de ouro.Agora, cinco instituiçõ

Ibama define nova prioridade para enfrentar perdas na biodiversidade e a crise climática

Ibama define nova prioridade para enfrentar perdas na biodiversidade e a crise climática

Neste ano em que completa 35 anos, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) comemora o impacto do trabalho

Gente de Opinião Sexta-feira, 26 de abril de 2024 | Porto Velho (RO)