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Meio Ambiente

Projeto para centro de referência indígena de Rondônia está entre 10 soluções brasileiras de impacto socioambiental positivo

Ele foi escolhido em seleção nacional realizada pelo GT Agenda 2030 e vai representar estado em exposição de ideias inovadoras em SP


Foto: Internet - Gente de Opinião
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Ainda em fase de desenvolvimento, o projeto para construção de um Centro de Referência Indígena Ikolen e Karo, em Rondônia, já está colhendo bons frutos. Ele foi escolhido para compor a lista das 10 ideias inovadoras, desenvolvidas no Brasil, responsáveis pela produção de importante impacto socioambiental positivo. A seleção é do Grupo de Trabalho da Sociedade Civil para a Agenda 2030, o GT Agenda 2030, que avaliou os trabalhos desenvolvidos em várias regiões do país após uma chamada pública que recebeu inscrições de todo o território nacionalA banca examinadora contou com a curadoria da REBRAPD - Rede Brasileira de População e Desenvolvimento, Casa Fluminense, Instituto Democracia e Sustentabilidade (IDS), ONG Gestos/PE, Plan International Brasil, Bemtevi - Investimento Social e Instituto C&A.

 

Como prêmio a inciativa será levada para uma exposição, em São Paulo, que faz parte do 1º Seminário de Soluções Inovadoras, marcado para o próximo dia 8 de agosto. A exposição servirá para conectar os projetos selecionados a uma rede formada por investidores, fundações privadas, gestores/as públicos e, também, pessoas interessadas em fomentar soluções com alto potencial de melhoria das políticas públicas.

 

Promovido pelo GT Agenda 2030 e organizado pelo Instituto Democracia e Sustentabilidade (IDS), o 1º Seminário de Soluções Inovadoras vai acontecer no B_arco Centro Cultural, que fica na Rua Dr. Virgílio de Carvalho Pinto, nº426, em Pinheiros, das 13h às 18h. A participação é gratuita e os interessados devem se cadastrar previamente através do site https://www.sympla.com.br/i-seminario-solucoes-inovadoras-do-gt-agenda-2030__576532.

 

São as soluções inovadoras que nos permitem enxergar para além dos problemas e imaginar um novo futuro possível. Não é fácil ver o horizonte quando estamos nos afogando. Alterar o modelo de produção e desenvolvimento vigente para um modelo de desenvolvimento sustentável exige um esforço coletivo e coordenado entre os diferentes setores da nossa sociedade”, afirma Carolina Mattar, coordenadora do IDS e uma das responsáveis pelo evento.

 

Entre os critérios que definiram os projetos escolhidos estavam a necessidade de a ideia inovadora contribuir para o alcance de um ou mais Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), poder ser replicada em larga escala e ter como protagonistas ou principais beneficiárias mulheres, principalmente negras, indígenas e quilombolas.

 

Segundo Carolina Mattar, “o Brasil possui múltiplas soluções potentes para desafios extremamente complexos sendo produzidas localmente, que, uma vez apoiadas pelo poder público e por investidores, podem ganhar escala e contribuir enormemente para atingirmos os ODS, cumprirmos a Agenda 2030 e assim alcançarmos uma sociedade, não apenas sustentável, mas também mais justa e menos desigual”.

 

O Centro de Referência Indígena Ikolen e Karo é um projeto de construção de um espaço que respeite a cultura de dois povos indígenas de Rondônia, possibilitando que fortaleçam suas identidades e criem ações de desenvolvimento sustentável local. A ideia é que o centro sirva de exemplo e venha a ser replicado com muitos outros povos indígenas no Brasil.

Também foram selecionados os projetos Arquitetas em Casa, da Ilha do Maranhão, na Região Metropolitana de São Luís (MA); o Costurando vidas,  - capacitação em costura, bordado e artesanato sustentável para mulheres, de Itabira (MG); o Circuitos de Comercialização Agroecológica, de fortalecimento da agricultura familiar, com funcionamento em seis estados da Rede Ecovida (SP, MG, BA, SC, RS e PR); Sistema Rac/Saf, de reutilização de águas cinzas do semiárido pernambucano; o Redes de Produção Agroecológica Solidária, de agricultura familiar e pesca artesanal do Território do Baixo Tocantins, no Pará; o  Mãostiqueiras, programa de reaproveitamento de lã de ovelha em Campos do Jordão (SP); o Teia da Sustentabilidade, de Icapuí (CE); o Aqualuz, que criou um dispositivo que utiliza luz solar para tornar potável água de cisternas (BA, CE, AL e PE) e  Plantando Jardins Filtrantes e Água Boa que abrange os municípios de Cotia, Embu das Artes e Itapecerica da Serra, na Grande São Paulo, com a questão do esgoto.

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