Quarta-feira, 25 de abril de 2012 - 18h13
A produção de dados que fundamentem políticas públicas para proteger os igarapés urbanos de Porto Velho e dar respostas à sociedade sobre as alagações é o foco de um grupo de trabalho formado por alguns órgãos públicos instalados na capital. Reunidos na última terça-feira (24) no Ministério Público de Rondônia, representantes do Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam), Prefeitura Municipal de Porto Velho (secretarias de Planejamento - Sempla e de Projetos e Obras Especiais - Sempre) e Universidade Federal de Rondônia (Unir) apresentaram ações recentes desse trabalho, que contribui para o programa municipal Bacias Urbanas.
O Sipam apresentou o primeiro estudo que analisa as chuvas na capital com dados dos pluviômetros do programa. Instalados nas escolas Marcelo Cândia, Guadalupe, Sesi, Tiradentes e Vicente Rondon, os aparelhos registram o quanto chove nesses locais. Nesse primeiro momento, foi dado enfoque à distribuição espacial de alguns eventos fortes de chuva (com acumulados acima de 100 milímetros) sobre a cidade, como o ocorrido no último dia de natal. Os resultados mostraram grande variabilidade entre a quantidade de chuva nas diferentes zonas da cidade, mas não puderam comprovar, ainda, onde chove mais. “Foram analisados apenas três meses, o que é insuficiente para termos um padrão de distribuição espacial de precipitação, mas daremos continuidade ao trabalho para que no futuro conheçamos mais profundamente as relações entre a chuva que cai e os transbordamentos nas bacias urbanas”, explicou José Carvalho, chefe da Divisão de Meteorologia do Sipam.
Também foi apresentado na reunião o diagnóstico e mapeamento de riscos na bacia do Igarapé Grande, trabalho executado por estudantes da Unir sob supervisão da professora Eloisa Della Justina. A maior bacia urbana da capital tem seu leito invadido por moradias e foram registrados desmoronamentos em diversos pontos (nas ruas Três e meio, Cingapura, Pinheiro, entre outros). “Nosso próximo passo é fazer o zoneamento indicando áreas que alagam e sujeitas a desmoronamento ao longo do igarapé e, posteriormente, estudar todos os igarapés da cidade”, revelou Eloisa.
Dados embasarão alterações a leis
De acordo com técnicos da prefeitura, estes estudos serão levados em conta nas propostas de alteração à lei municipal de parcelamento, uso e ocupação do solo (nº 97, de 1999) e ao Plano Diretor, que devem ser enviados à Câmara Municipal ainda esse ano. O promotor Aluildo de Oliveira Leite, responsável pela convocação da reunião, revelou-se satisfeito com o andamento dos trabalhos. “Fico feliz em ver cada órgão trabalhando dentro de suas atribuições para dar retorno à comunidade. Quando concluídos, esses estudos serão enviados a todos os parceiros para que todos possamos cobrar a efetiva adoção de políticas públicas”, concluiu.
Fonte: Vanessa Ibrahim
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