Quarta-feira, 24 de abril de 2024 | Porto Velho (RO)

×
Gente de Opinião

Meio Ambiente

Para WWF-Brasil, área de reserva legal é inegociável


Por Bruno Taitson  - WWF-Brasil

O WWF-Brasil avaliou de maneira positiva a reunião realizada terça-feira (12 de fevereiro) no Ministério do Meio Ambiente (MMA) entre representantes de organizações não-governamentais ambientalistas e o secretário-executivo do MMA, João Paulo Capobianco.

Durante a conversa, ficou claro que há consenso entre ONGs e governo no sentido de não admitir alterações no Código Florestal no tocante à área de reserva legal (aquela que o proprietário não tem permissão de desmatar), que na Amazônia corresponde a 80% das propriedades fora de áreas urbanas.

Para Mauro Armelin, coordenador do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Sustentável do WWF-Brasil, a discussão com as ONGs foi uma sinalização positiva por parte do MMA. “Somente a completa aplicação do Código Florestal fará com que o índice do desmatamento da Amazônia deixe de ser refém das variações dos preços das commodities agrícolas”, avaliou Armelin, que representou o WWF-Brasil na reunião.

Durante o encontro, o secretário João Paulo Capobianco destacou que, em nenhum momento, o governo foi favorável a alterações na legislação ambiental no sentido de anistiar responsáveis por desmatamento ilegal ou modificar os percentuais das áreas que não podem ser desmatadas. “Não existe nenhuma possibilidade de reduzir a reserva legal”, afirmou categoricamente.

Durante a reunião foi agendado um novo encontro entre as ONGs e o MMA, desta vez também com a presença da ministra Marina Silva. Na pauta, a avaliação do Plano Nacional de Combate ao Desmatamento, lançado em 2004. “Entendemos que o Plano precisa de algumas adequações, que têm que ser amplamente discutidas com a sociedade. O WWF-Brasil vê com bons olhos a disponibilidade do MMA em discutir o tema com as ONGs”, concluiu Armelin.

Além do WWF-Brasil, participaram da reunião no MMA representantes das organizações Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab), Conselho Nacional dos Seringueiros (CNS), O Fórum Brasileiro de ONGs e Movimentos Sociais para o Meio Ambiente e o Desenvolvimento Sustentável (FBOMS), Greenpeace, Grupo de Trabalho Amazônico (GTA), Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam), Instituto Socioambiental (ISA) e The Nature Conservancy (TNC).

Gente de OpiniãoQuarta-feira, 24 de abril de 2024 | Porto Velho (RO)

VOCÊ PODE GOSTAR

EcoCast: série especial discute os desafios e oportunidades do mercado de carbono no Brasil

EcoCast: série especial discute os desafios e oportunidades do mercado de carbono no Brasil

Você sabe o que são os famosos créditos de carbono? E como eles funcionam, você sabe? Na série especial “Carbono: desafios e oportunidades” recebemos

Inovação e Sustentabilidade em Rondônia: UNIR e Eletrogoes Avançam na Pesquisa Florestal

Inovação e Sustentabilidade em Rondônia: UNIR e Eletrogoes Avançam na Pesquisa Florestal

O Grupo de Pesquisa de Recuperação de Ecossistemas e Produção Florestal, coordenado pelas Dra. Kenia Michele de Quadros e Dra. Karen Janones da Roch

Pesquisa estuda folha da Amazônia para substituição do mercúrio na extração de ouro

Pesquisa estuda folha da Amazônia para substituição do mercúrio na extração de ouro

Pau-de-balsa é uma espécie florestal nativa da Amazônia e já é utilizada de forma artesanal na Colômbia para extração de ouro.Agora, cinco instituiçõ

Ibama define nova prioridade para enfrentar perdas na biodiversidade e a crise climática

Ibama define nova prioridade para enfrentar perdas na biodiversidade e a crise climática

Neste ano em que completa 35 anos, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) comemora o impacto do trabalho

Gente de Opinião Quarta-feira, 24 de abril de 2024 | Porto Velho (RO)