Quinta-feira, 13 de janeiro de 2011 - 06h56
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Que maldição é esta?
Vejo bem claro em Rondônia, está bem delimitada a situação. Ironia do destino, justamente os municípios que mais tem reservas florestais – Nova Mamoré, Guajará-Mirim, Cujubim, Itapuã do Oeste, Corumbiara, Pimenteiras e Costa Marques são aqueles que mais padecem na escassez de recursos. Muitos deles estão deprimidos economicamente.
Dá para entender uma coisa desta?
Meio ambiente equilibrado, florestas e rios virgens, índios, seringueiros e pescadores, tanta riqueza, tanta virtude exposta, tanto dever de casa feito e cumprido. Muito bem feito e belo, enquanto esta beleza toda não rima com a pobreza existente. O discurso mundo afora é outro. A doutrina é a Amazônia florestada e virgem. O que concordo plenamente. No entanto, fica difícil combinar meio ambiente preservado com pobreza.
Porque na hora H quem fala mais alto é o estômago. O natural instinto de sobrevivência. Se o Brasil inteiro e o mundo querem as coisas lindas e maravilhosas, como devem ser, que ao menos pague a conta e contribuam com investimentos compensatórios para que o homem destas paragens tropicais seja também cidadão.
E tudo isto só se faz com tecnologia e industrialização. Além do mais investimento pesado em educação de qualidade. Fora disto não dá. O exemplo da Zona Franca de Manaus é óbvio. No Amazonas tem mais de 95% de florestas em pé, mas, tudo bem compensado com incentivos fiscais para o Polo Industrial criado há mais de 40 anos.
Só vejo uma saída – gerar riqueza a partir da própria riqueza ambiental. Tudo enfim deve se transformar em produtos industrializados. A produção de sementes certificados das espécies nativas, os viveiros na forma de bancos de germoplasma, as empresas sociais a disposição dos grupos que se organizarem. Manejos certificados e comunitários na floresta. A pesca artesanal e em tanques-redes. A agroindustrlização das frutas tropicais exóticas. O aproveitamento de resinas, óleos, mel, fibras, cipós, raízes, amêndoas para cosméticos, sabonetes, medicamentos, artesanato.
Quero convocar a Universidade Rondônia para esta parceria. As ONGS também. As entidades comerciais das cidades referidas para este debate prático. Eu vi este modelo em Xapuri no Acre. E tenho visto as experiências do Pará e do Amazonas. No mais é buscar muitos fundamentos no INPA (Instituto de Pesquisa da Amazônia), SUFRAMA (Superintendencia da Zona Franca de Manaus) e na SUDAM (Superintendencia do Desenvolvimento da Amazônia).
O próprio IBAMA tem muito experiência em designer de móveis e aproveitamento da madeira. E tem mais dois parceiros fortes – SEBRAE E EMBRAPA. No mais é a nossa própria força motriz – a EMATER.
Fonte: Blog do Confúcio
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