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Meio Ambiente

Manaus quer aumentar número de corredores ecológicos urbanos



Amanda Mota
Agência Brasil


Manaus - A Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Manaus (Semma) quer ampliar o número de corredores ecológicos na cidade e, com isso, garantir a preservação de espécies da fauna e flora amazônicas presentes na área urbana. A intenção é garantir a conservação do meio ambiente, sem alterar o ritmo de vida de milhares de pessoas que vivem em áreas às margens dos centenas de igarapés existentes na capital amazonense.

Em 2007, com a criação do Corredor Ecológico do Igarapé do Mindu, Manaus foi a primeira cidade do país a ter essa  iniciativa. Com sete quilômetros de extensão, o Mindu ocupa quase um quarto do território da capital do Amazonas e é o mais expressivo curso d'água na área urbana de Manaus. Quase 30% da população manauara vive no entorno desse igarapé.

A criação do Corredor Ecológico do Mindu resultou de parceria entre a Semma e o Ministério do Meio Ambiente (MMA). De acordo com a coordenadora de Áreas Protegidas da secretaria, a bióloga Rosana Subirá, a idéia surgiu a partir do Projeto Corredores Ecológicos,  um componente do Programa Piloto para a Proteção das Florestas Tropicais Brasileiras do ministério.

Segundo ela, o corredor ecológico urbano tem como principal objetivo a proteção das áreas verdes da cidade e o bem-estar das espécies que foram prejudicadas durante o crescimento desordenado. A ambientalista destacou que os corredores ecológicos viabilizam a reprodução ordenada das espécies animais e vegetais, mantendo a riqueza natural por mais tempo. Em função disso, a Semma está procurando outras áreas para implantação de mais corredores urbanos.

"O corredor nos permite manter plantas e animais que acabam desaparecendo dos centros urbanos com o crescimento da cidade. Estamos procurando formas legais para manter parte das florestas em pé, sem prejuízo aos proprietários de terra", disse.

Ainda este mês, a Semma vai encaminhar ao MMA o projeto com as propostas de criação dos dois novos corredores. Além disso, irá propor a implementação de novas atividades que permitam geração de renda para as comunidades tradicionais da Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) do Tupé. A reserva  faz parte do Corredor Central da Amazônia, e sua localização é estratégica como ponto de apoio para as atividades em todas as unidades de conservação do Baixo Rio Negro.

"Muitos igarapés não mantêm mais as características naturais em áreas urbanas. Contudo, estamos procurando os igarapés com matas ciliares [de borda] para constituirmos novos corredores ecológicos, porque a função principal do corredor é manter a riqueza biológica de flora e fauna do ponto de vista mais básico e puro", ressaltou a coordenadora.

Os corredores em estudo são dos igarapés do Tabatinga e Cachoeira Alta, no Tarumã. Em 2008, a Semma realizou os estudos para a ampliação do Corredor Ecológico do Igarapé do Mindu. A proposta é incluir as extensões de dois afluentes – os igarapés do Goiabinha e do Geladinho – em seu traçado. Para definição da área do corredor, é preciso verificar a existência de vegetação e de moradores, se é preciso fazer alguma desapropriação e a existência de áreas contíguas que possam ser incorporadas ao corredor.

"Existe um trabalho de pesquisa que precisa ser feito previamente. E o ministério ajuda a financiar essa pesquisa", acrescentou Rosana.


 

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