Sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010 - 17h48
Município do interior de Rondônia enfrenta a sua maior enchente estando com 47% do perímetro urbano tomado pelas águas.
Daniel Panobianco - A chuva intensa que caiu nos últimos dias no centro-sul de Rondônia provoca agora a maior enchente de que se tem registro no município de Pimenta Bueno, distante não mais que 500 quilômetros da capital Porto Velho. Com aproximadamente 33 mil habitantes, Pimenta Bueno está alagada nas Zonas Oeste, Sul e no Centro, ao largo da rodovia BR-364 que corta a cidade.
As duas maiores enchentes da história da cidade, em 1989 e 2003 também inundaram vários bairros, mas a atual é considerada a pior por afetar um número bem mais elevado de pessoas.
De acordo com o último levantamento feito pelo Corpo de Bombeiros da cidade, o nível do Barão de Melgaço está mais de 4 metros acima do nível normal já ultrapassando os 8 metros. Já o rio que leva o nome a cidade, que corta o sul do perímetro urbano está 3,12 metros acima do nível normal.
Juntos, os rios Pimenta Bueno e Barão de Melgaço formam o rio Machado, onde não muito distante, a régua da estação telemétrica operada pela ANA (Agência Nacional de Águas) registrou no início da tarde desta sexta-feira (12) o maior nível de todos os tempos, 7,67 metros.
O nível considerado normal para o rio Machado nesta localidade é de 4,52 metros e acima da cota de permanência de 5% para enchente, de 5,35 metros. Acima de 7 metros é declarado como nível de enchente na região.
Somente na estação da ANA, localizada no Sítio Bela Vista, ainda em Pimenta Bueno, caíram mais de 300 milímetros de chuva nos últimos 4 dias, o que reflete de imediato no nível do rio Machado que "represa" a água dos demais rios e córregos na região de Pimenta Bueno. A vazão torna-se muito lenta e com a chuva que cai desde a madrugada na região de Vilhena - onde o rio Barão de Melgaço nasce - o mesmo só aumenta.
A quantidade de famílias desabrigadas não para de aumentar. A prefeitura municipal está abrindo as mesmas na creche Maria Clara Machado, que fica no bairro Jardim das Oliveiras, um dos mais afetados pela enchente. Outras tantas estão indo às pressas para a casa de amigos e/ou parentes, sendo considerados, portanto, desalojados.
Mas o maior temor da administração municipal é para aquelas famílias que insistem em sair de casa temendo saques em suas residências. Por média, as autoridades disseram que aproximadamente 200 famílias já foram afetadas pela enchente.
Em um simulador de cheias, levando-se em consideração e elevação do solo rente aos dois rios, algo em torno de 47% só do perímetro urbano já está tomado pelas águas. Áreas de várzea e os leitos, que carregam a água para os bairros mais baixos, estão com até 1,20 metros de água, onde pessoas andam pelas ruas mais baixas com a água acima da cintura.


Fonte: De Olho no Tempo com Daniel Panobianco
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