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Meio Ambiente

Maggi aponta recuperação do agronegócio a partir do 2° semestre


 
Redução de custos da safra 2009/2010 em MT será de U$ 3 bilhões

LUIZ FLORENTINO
NOTÍCIAS & NEGÓCIOS

O governador Blairo Maggi (PR), tem avaliado em conversas com lideranças do setor produtivo e jornalistas, que o agronegócio deve voltar a crescer já a partir do segundo semestre de 2009, com a crise da agricultura resolvida pelo reposicionamento dos custos de produção que estavam inflacionados e caíram muito. Com essa redução de custos, em vez de U$ 5 bilhões para financiar a safra 2009/2010 em Mato Grosso, serão necessários apenas 2 bilhões. “Esse dinheiro existe no mercado, sem problemas”. Logo, diz ele, a crise da agricultura não virá.

Maggi se mostra extremamente confiante diante dessa perspectiva, até porque, segundo ele, a safra de soja mato-grossense foi beneficiada este ano pelo fator climático. Com a seca no sul do Brasil e na Argentina, os produtores do estado estão obtendo melhores preços na comercialização da oleaginosa além de abrir novos mercados para exportação.

Ao frear a escalada de custos, especialmente dos derivados de petróleo e fertilizantes, a “crise” contribui para que o agronegócio do centro-oeste brasileiro se mantenha competitivo. Com isso o país ganha tempo para resolver problemas estruturais, como a questão da logística, endividamento e o modelo financiamento para o setor.

 

FRIGORÍFICOS

Enquanto a agricultura percebe a luz no fim do túnel, a pecuária mergulha nas trevas, com a crise atingindo duramente os frigoríficos. Até agora seis empresas ingressaram com pedido de recuperação judicial desde o final de 2008: Independência, Arantes, Frigoestrela, Margen, IFC e Quatro Marcos. Somente em Mato Grosso, da metade do ano passado até agora, 14 dos 37 frigoríficos que exportam e compartilham o mercado nacional de bovinos fecharam as portas.

As empresas reclamam da alta do preço da arroba, redução do consumo interno e das exportações. Mas o problema crucial vivido pelo setor é mesmo a volatilidade e turbulência nos mercados financeiros do Brasil e do mundo, que resulta na falta de financiamento às exportações já que existe um descompasso de cerca de 70 dias, entre a compra do boi até o recebimento das vendas realizadas para o exterior.

“O setor produtivo não tem recebido um tratamento isonômico em relação aos demais setores da economia. Isso ficou claro com a mobilização do governo na defesa de interesses da indústria automobilística, construção civil, bancos, e na atenção dispensada aos movimentos sindicais baseados em São Paulo. O governo tem que intervir com urgência, criando uma linha de credito às exportações capaz de manter o setor operando. Sem isso, milhares de empregos estão ameaçados, principalmente nas regiões centro-oeste e norte do país”, reclama Homero Pereira, deputado federal e ex-presidente da Federação Mato-grossense da agricultura e pecuária (Famato).

 

CAUTELA

Diante deste cenário, a Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), pede cautela e atenção aos pecuaristas. “Isso é reflexo da crise internacional e do baixo consumo interno de carne. A situação tem se agravado nos últimos 90 dias”, observou o presidente da Acrimat, Mário Candia. Ele completa dizendo que o mercado internacional está comprando com um prazo maior, que chega a 70 dias, e as plantas não tem crédito para suportar essas condições.

Enquanto isso o produtor tem que ter muita cautela, pois a única forma segura é vender o boi com pagamento à vista. É melhor deixar o boi no pasto do que correr o risco de não receber, pois não temos nenhuma segurança”.

Segundo o assessor jurídico da Acrimat, Armando Biancardini, os pecuarista tem que ficar atento aos editais para se habitar na recuperação de crédito, manifestando sua posição quanto ao PVE (Plano de Viabilidade Econômica), proposto pelas empresas em recuperação judicial. “Se os pecuaristas não aceitarem a proposta do PVE será decretada a falência do frigorífico e aberto um processo que não tem prazo para encerrar”, alerta.

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