Segunda-feira, 19 de maio de 2008 - 11h13
Felipe Linhares
Agência Brasil
Brasília - Indígenas e ribeirinhos que vivem na região da Bacia do Xingu, no Mato Grosso e Pará, se reúnem de hoje (19) a sexta-feira (23) com representantes da sociedade civil, em Altamira (PA), para discutir os projetos de aproveitamento energético previstos para a região. De acordo com o coordenador do programa Xingu do Instituto Socioambiental (ISA), André Villasboas, essa será a oportunidade de os moradores saberem quais são as "grandes ameaças" à região.
O planejamento de aproveitamento energético da Bacia do Xingu envolve a construção de cinco centrais hidrelétricas na cabeceira do rio e a construção da Usina Hidrelétrica Belo Monte, no Baixo Xingu. Para Villasboas, o projeto de uso do potencial energético do Rio Xingu está sendo desenvolvido de maneira desintegrada.
Não estão considerando a análise da bacia sob a viabilidade do barramento desses rios, e, sobretudo, qual o impacto que ele pode trazer para essas comunidades, criticou.
O coordenador do ISA alertou que a construção das cinco centrais hidrelétricas trará problemas para o Parque Nacional do Xingu. Isso traria um impacto muito grande sobre a variedade de espécies de peixes que são de uso cotidiano dessas populações.
De acordo com ele, as obras prejudicariam a piracema, época em que os peixes nadam contra a correnteza para a fazer a desova e reprodução, o que alteraria o ciclo reprodutivo e poderia levar até a extinção de algumas espécies. Peixe é a principal fonte de proteína das populações indígenas do parque, destacou Villasboas.
Outro problema que também será discutido no encontro é o fluxo migratório gerado pelas obras. Segundo o ISA, organizações ambientais nacionais e internacionais alertam que a região já enfrenta problemas como grilagem de terra e exploração madeireira ilegal e que os projetos de aproveitamento energético podem agravar a situação.
No final do evento, os participantes entregarão um documento com recomendações a autoridades. Não é a primeira vez que o governo faz uma obra com esse perfil e dessa natureza. Eles [os governantes] devem ter uma visão sobre esses problemas. Vamos colocá-los [os problemas] no documento e entregá-lo [a autoridades].
O Instituto Amazônia+21 e o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) formalizaram, na tarde desta quinta-feira, 11, um acordo de
O governo de Rondônia realizou a primeira edição da pesca manejada de 2025 no Rio Cautário, alcançando resultados expressivos. Entre os dias 15 de a
O Ministério Público Federal (MPF), em conjunto com o Ministério Público do Estado de Rondônia (MPRO), obteve uma vitória judicial que obriga a conc
STF garante orçamento para proteção ambiental em Rondônia após atuação do MPRO
O Supremo Tribunal Federal (STF) autorizou, em decisão divulgada nesta quinta-feira (28/8), o Governo de Rondônia a abrir créditos extraordinários p