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Meio Ambiente

Focos de queimadas na Floresta Nacional do Bom Futuro em Porto Velho


 

O clima seco e a baixa umidade relativa do ar estão agravando os focos de queimadas em Rondônia nesta ultima semana de agosto.

Daniel Panobianco – O clima extremamente seco e quente que vem afetando moradores de grande parte do Brasil, incluindo o sul da Amazônia, está auxiliando na propagação de inúmeros focos de queimadas em diversas localidades, principalmente em áreas de lei, como reservas ecológicas, parques estaduais e federais e reservas indígenas.

No Estado de Rondônia, os satélites do INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), através de dados dos sensores MODIS e TERRA, detectam desde segunda-feira, 25, focos de queimadas em uma importante área de preservação ambiental; A Floresta Nacional do Bom Futuro, que fica dentro do município de Porto Velho, na divisa com Buritis.

Segundo dados da ultima varredura dos satélites, existem atualmente 4 focos de queimadas ao centro da reserva, o que pode explicar que o incêndio não foi acidental, pois a área é de mata fechada e sem povoação por perto. A comunidade mais próxima é a do Barreiro, às margens do rio Jaciparaná e mais adiante a de Porto Providência, também na margem do mesmo rio.

Na divisa com o município de Buritis houve a maior explosão de desmatamento dos últimos anos, o que também explica o grande inchaço da cidade, principalmente pela indústria madeireira local.

A quantidade de focos de queimadas observadas em Rondônia neste mês está abaixo do registrado no mesmo período do ano passado. Do dia 1 até ontem, foram detectados pelo satélite NOAA-15, 689 focos de queimadas, com maior concentração nos municípios de Porto Velho e Machadinho d' Oeste, contra 2100 focos totalizados nos 31 dias de agosto de 2007, onde houve a maior concentração de poluentes já registrada em Rondônia.


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Nos 26 dias de agosto desse ano, a Floresta Nacional dos Campos Amazônicos, que fica na tríplice fronteira entre Rondônia, Mato Grosso e Amazonas, no município de Machadinho d' Oeste, já registrou mais de 150 focos de queimadas, a grande maioria em áreas de derrubada escondida dentro da mata, não vista pela fiscalização, mas muito perceptível pelos satélites.A concentração de fumaça esteve agravada nos últimos 15 dias em Rondônia, mas somente no norte – região de Porto Velho – e em algumas áreas do centro e oeste do Estado. O aeroporto de Vilhena, por exemplo, pela primeira vez na história não registrou visibilidade inferior a 5 mil metros. Em agosto do ano passado, foram 23 dias com visibilidade restrita. As imagens do sensor MODIS mostram que a quantidade de fumaça esse ano em Rondônia é mais proveniente de queimadas no Acre e na Bolívia, além do sul do Amazonas, que no próprio Estado, mas nada há de se comemorar ou criar vinculo de satisfação. A quantidade de queimadas em solo rondoniense ainda é absurda e o resultado a população, principalmente da capital, vê agora, com a péssima qualidade do ar e postos de saúde lotados de pessoas com alguma dificuldade respiratória.A boa noticia é que uma frente-fria chega até o final de semana trazendo chuva para diversas localidades, com risco de temporal, segundo previsões do CPTEC/INPE (Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos) do (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais).

Dados: INPE – CPTEC/INPE
Fonte: De olho no tempo

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