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Meio Ambiente

Cinco cidades do Amazonas estão em situação de emergência por causa da chuva



Amanda Mota
Agência Brasil


Cinco municípios do Amazonas estão em situação de emergência por causa das constantes e fortes chuvas que têm sido registradas nessas áreas e pela conseqüente cheia dos rios. As cidades de Atalaia do Norte, Barreirinha, Benjamin Constant, Guajará e Tabatinga estão sendo acompanhadas pela Defesa Civil do estado, que enviou duas equipes para percorrer a região e, com isso, avaliar a situação de cada localidade.

Além desses municípios, que se situam em áreas diferentes do Amazonas, o ramal Cachoeira da Morena, localizado próximo à Hidrelétrica de Balbina, no município de Presidente Figueiredo – a 107 quilômetros de Manaus – também sofre com as alagações. Por causa das chuvas, algumas escolas tiveram as aulas suspensas.

"Apesar dessa situação, felizmente nenhum município está em estado de calamidade pública", disse o coronel Roberto Rocha Guimarães, do Subcomando de Ações de Defesa Civil, ao acrescentar que o quadro atual desses municípios se caracteriza por enchentes graduais e inundações bruscas.

De acordo com a chefe do Instituto Nacional de Meteorologia no Amazonas (Inmet/AM), Lúcia Gularte, desde outubro do ano passado, o estado registra chuvas acima da média em função do fenômeno La Niña. A meteorologista ressaltou, contudo, que a intensidade do fenômeno está diminuindo e que as chuvas são normais para esta época do ano.

 "O La Niña causou chuvas fora do período em mais de 50% dos municípios do estado e na Região Norte como um todo. Essas chuvas que estão ocorrendo estão normais para o período. Estariam anormais se estivessem acima da média, mas a previsão climática indica que as chuvas vão entrar na normalidade nos próximos seis meses", explicou.

O fenômeno La Niña é o resfriamento das águas superficiais do Oceano Pacífico. Por causa dessa situação climática, ocorre, por exemplo, a formação de áreas de instabilidade.

Na avaliação do gerente de Hidrologia do Serviço Geológico do Brasil, Daniel Oliveira, apesar da situação de emergência nesses municípios, ainda é cedo para afirmar que o ano de 2009 terá uma das maiores médias históricas de cheia de rios. Segundo Oliveira, a maior cheia do estado do Amazonas foi registrada em 1953. De acordo com ele, em Manaus, para se ter uma idéia da influência das chuvas nos rios, o nível das águas sobe quatro centímetros por dia.

"Temos registrado, em Manaus, por exemplo, uma subida normal e moderada para o período. Hoje o nível da água na capital do Amazonas é 26,81 metros, ou seja, seis centímetros abaixo em relação a essa mesma data no ano de 1953, quando houve a maior cheia no estado. Ainda não temos como dizer se teremos uma cheia maior porque elas só ocorrem em junho no estado".

De acordo com o Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam), a maior quantidade de chuvas nos últimos dias foi registrada nas áreas sudoeste, oeste e noroeste do Amazonas, nos municípios de Eirunepé, Envira, Ipixuna, Tabatinga e São Gabriel da Cachoeira. A tendência é que a partir de abril as chuvas se desloquem para o norte do estado.


 

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