Quinta-feira, 25 de abril de 2024 | Porto Velho (RO)

×
Gente de Opinião

Meio Ambiente

Amazônia Legal concentra quase metade de toda a água subterrânea potável do país



Thais Leitão
Agência Brasil


Rio de Janeiro - A região conhecida como Amazônia Legal, que ocupa cerca de 59% do território nacional, concentra quase metade de toda a água subterrânea potável do país (45%), sendo as maiores reservas localizadas no Amazonas, em Mato Grosso e no Pará. Mas essa não é a única riqueza que compõe o subsolo amazônico. Por ser formado predominantemente (66,8%) de rochas sedimentares, originadas a partir da alteração, erosão e deposição de qualquer outro tipo de rocha, as camadas abaixo do solo também têm potencial para a exploração de combustíveis fósseis, como petróleo e gás.Amazônia Legal concentra quase metade de toda a água subterrânea potável do país - Gente de Opinião

De acordo com o estudo Geoestatísticas de Recursos Naturais da Amazônia Legal, divulgado hoje (1º) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), “há boas perspectivas de acumulação dessas substâncias nas rochas sedimentares das bacias costeiras do Maranhão, Pará e Amapá, além de reservas de gás natural no município de Capinzal do Norte (MA)”.

Ainda nas áreas de rochas sedimentares, o documento indica que há possibilidade de serem encontradas jazidas de calcário, utilizáveis tanto na agricultura quanto na produção de cimento; sal-gema e gipsita, fontes de gesso para a medicina e a construção civil; e anidrita, fonte de sulfato e cálcio. Apesar de ter menor potencial metálico, minerais desse tipo e pedras preciosas podem ser encontrados na região. Depósitos de ouro, cassiterita e diamante também são comuns.

O estudo revela ainda que na região da Amazônia Central, que se estende do sudeste do Pará ao norte de Roraima e ao noroeste do Amazonas, estão concentradas as rochas ígneas, provenientes da consolidação do magma - massa rochosa do interior da terra em estado de fusão –, com tendência à formação de jazidas de metais nobres, como o ouro, e de minerais industriais, como a cassiterita. Somente o Pará abriga 51,9% das rochas ígneas da Amazônia Legal, seguido pelo Mato Grosso (14,2%).

É também no estado do Pará que ocorrem as maiores concentrações (37,3%) de outro tipo de rocha, as chamadas metamórficas, que têm potencial como fonte de ouro primário. Elas são propícias ainda à formação de jazidas minerais de uso industrial, como ferro e manganês, e de sulfetos de cobre, chumbo e zinco. São também fontes de material para construção civil, como brita e rochas ornamentais.

 

Gente de OpiniãoQuinta-feira, 25 de abril de 2024 | Porto Velho (RO)

VOCÊ PODE GOSTAR

EcoCast: série especial discute os desafios e oportunidades do mercado de carbono no Brasil

EcoCast: série especial discute os desafios e oportunidades do mercado de carbono no Brasil

Você sabe o que são os famosos créditos de carbono? E como eles funcionam, você sabe? Na série especial “Carbono: desafios e oportunidades” recebemos

Inovação e Sustentabilidade em Rondônia: UNIR e Eletrogoes Avançam na Pesquisa Florestal

Inovação e Sustentabilidade em Rondônia: UNIR e Eletrogoes Avançam na Pesquisa Florestal

O Grupo de Pesquisa de Recuperação de Ecossistemas e Produção Florestal, coordenado pelas Dra. Kenia Michele de Quadros e Dra. Karen Janones da Roch

Pesquisa estuda folha da Amazônia para substituição do mercúrio na extração de ouro

Pesquisa estuda folha da Amazônia para substituição do mercúrio na extração de ouro

Pau-de-balsa é uma espécie florestal nativa da Amazônia e já é utilizada de forma artesanal na Colômbia para extração de ouro.Agora, cinco instituiçõ

Ibama define nova prioridade para enfrentar perdas na biodiversidade e a crise climática

Ibama define nova prioridade para enfrentar perdas na biodiversidade e a crise climática

Neste ano em que completa 35 anos, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) comemora o impacto do trabalho

Gente de Opinião Quinta-feira, 25 de abril de 2024 | Porto Velho (RO)