Quinta-feira, 7 de agosto de 2025 - 08h05
Um dos personagens mais importantes da culinária tradicional da capital de Rondônia completa hoje 96 anos de idade. Trata-se de Osvaldo Cardoso Fernandes, um boliviano nascido em Cobija e que adotou Porto Velho para chamar de seu lar.
Desse
tempo de vida, mais de meio século ininterrupto dedicado à fabricação de
saltenhas assadas que saiam também das mãos de dona Paulina, uma amável
mulher boliviana que chegou a Porto Velho casada com ‘seo’ Osvaldo na década de
1960. As primeiras saltenhas assadas, uma novidade na época, fizeram o maior
sucesso. Só se conhecia na Porto Velho daquela época as fritas.
Esse iguaria começou lá na padaria do ‘seo’ Noé, que ficava na Gonçalves Dias que sequer era asfaltada.
Depois o endereço das saltenhas foi para a esquina da Quintino Bocaiuva com
Júlio Castilho. A partir de 1974 chegou ao endereço em que até hoje funciona:
na Duque de Caxias, 2295, Bairro São Cristovam.
Há 57 anos produzindo saltenha, o botafoguense Osvaldo e dona Paulina, iniciaram essa tarefa no tempo em que o Território Federal de Rondônia só tinha Guajará-Mirim e Porto Velho como municípios. Época em que a Energia Elétrica era para poucos, a qual os motores da Ceron apagavam as luzes à meia-noite. O Comércio varejista de Porto Velho, que se concentrava praticamente todo na Sete de Setembro, fechava na hora do almoço. O governador da época era Coronel Marques Henrique e a população da capital do Território era em torno de 65 mil habitantes.
Em 2019 ‘seo’ Osvaldo sofreu com a perda da mulher, dona Paulina que tinha 88 anos. Desde de então, a melancolia tomou conta dele. O casal se conheceu em Guayaramerín de onde decidiram sair para morar no Brasil. Uma vida de muita dedicação para criar os filhos e tornar a vida das pessoas mais interessante.
Osvaldo Cardoso é Maçom e fez parte da diretoria do Botafogo Futebol
Clube de Porto Velho durante 30 anos, do qual é sócio fundador. Futebol sempre
foi sua paixão. Quando jovem jogou futebol na Bolívia e era torcedor do 1° de
Maio. Diz a lenda que o apelido dele entre os amigos era cuiába. Isso porque
costumava ficar de cócoras no gramado, o que imitava um cuába: pássaro na
Bolívia que vive em gramados.
O filho mais velho entre duas irmãs, de João Serafim Cardoso e Maria
Raquel Fernandes, Osvaldo sempre foi um bom contador de histórias e, boa parte
delas, com episódios de quando serviu o Exército na Bolívia. Os filhos Eduardo,
Mary, Nelly, doutor Nilson Paniágua, Osvaldo e doutora Odaly Paniágua, conhecem
todas essas histórias as quais eram contadas com as mímicas e trejeitos dos
militares – sempre um bom motivo de risadas.
Sob os cuidados da família, em especial, do filho Osvaldinho, ‘seo’
Osvaldo está consciente, movimentos limitados, adora programas de rádios e
assistir a programas de televisão.
A saltenharia continua funcionando no mesmo endereço sob o comando das
filhas Mary, Nelly e da neta Paula. Aliás, sempre foi uma empresa de família,
um exemplo de algo que deu certo muito antes da existência do Sebrae, cujo
exemplo, esse editor recomendaria como pauta.
Osvaldo Cardoso Fernandes, 96, seis filhos, 12 netos e oito bisnetos, um
personagem da capital de Rondônia, que nasceu no dia da independência do país
dele, a Bolívia.
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