Quarta-feira, 5 de março de 2014 - 17h20
Por Carlos Sperança
Em pleno ano eleitoral o quadro sucessório do governo estadual em Rondônia esta cada vez mais indefinido e as lideranças políticas depois de terem chutado as definições para depois do carnaval, com o colapso das enchentes na capital rondoniense, já pensam em adiar a coisa para depois da Copa do Mundo.
A grande novidade em 2014 é a possibilidade da entrada de prefeitos emergentes na disputa estadual. Os mais cotados são Alex Testoni (PSD- Ouro Preto do Oeste), Jesualdo Pires (PSB-Ji-Paraná) e César Cassol (PP- Ouro Preto do Oeste).
Ao longo da maioria das eleições, foram justamente prefeitos emergentes que galgaram o Palácio Presidente Vargas com Jerônimo Santana (86), Valdir Raupp (94), José Bianco (98), Ivo Cassol (2002) e Confúcio Moura (2010). Prefeitos de grande capilaridade eleitoral como Chiquilito Erse (Porto Velho), Marcos Donadon (Vilhena) e Ernandes Amorim (Amorim) também tentaram.
Dos governadores eleitos desde 86, só Oswaldo Piana não teve origem nas municipalidades. Também o vice João Cahula, que assumiu no lugar de Ivo Cassol não passou pela experiência municipalista.
O PSD que estava dividido entre apoiar o governador Confúcio Moura (PMDB) e o ex-senador Expedito Junior (PSDB), já prepara o lançamento do atual prefeito de Ouro Preto do Oeste Alex Testoni. As conversações estão em andamento, mas ele como os demais nomes só devem mostrar a cara a partir das convenções de junho. Trata-se do único prefeito de Rondônia, e um dos únicos do Brasil que governa sem nomear secretários. Uma baita economia que tem sido revertida em melhorias para a cidade, de forte influência capixaba na sua colonização e que depois de muitos anos perdendo habitantes voltou a crescer na sua gestão.
Já, o prefeito Jesualdo Pires (PSB-Ji-Paraná) esta se transformando numa exigência do Diretório Nacional do partido que se definiu por candidatura própria no estado tendo em vista a necessidade de projetar o nome do presidenciável Eduardo Campos nestas bandas. Convencer Jesualdo da empreitada é que são elas, já que atualmente é o prefeito melhor avaliado no estado e dificilmente vai querer disputar uma massa falida. No entanto, teria o melhor perfil hoje para o cargo: livre trânsito na ALE, Câmara Federal e Senado e é o prefeito que mais capta recursos nas esferas estaduais e federais. Ser engenheiro tem feito a diferença na elaboração dos projetos.
No PP, o nome do atual prefeito de Rolim de Moura César Cassol irmão do senador Ivo Cassol barrado pelo projeto ficha limpa, ganhou força nos últimos dias Os principais articuladores do partido, o deputado federal Carlos Magno e o ex-deputado Miguel Sena teriam convencido César a assumir a candidatura ao Palácio Presidente Vargas. A desincompatibilização já esta sendo discutida e esta questão também deveria ser decidida rapidamente por outros alcaides eventualmente interessados na disputa.
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