Segunda-feira, 29 de abril de 2024 - 07h55
Como
estão em moda as “narrativas”, peças de ficção em que as bolhas distorcem
informações e imagens para endeusar seus ídolos e demonizar os inimigos, também
a visita do presidente francês Emmanuel Macron à Amazônia foi representada na
mídia e nas redes sociais por ângulos opostos ou conflitantes.
O lado
condescendente destacou a visibilidade proporcionada às condições, perspectivas
e problemas da floresta pela equipe que acompanhou o líder francês, marcada em
cima pela imprensa de seu país e da América do Sul. Valeu pela repercussão na
Europa. O outro lado, implacável, diminuiu a presença de Macron a apresentando
como algo parecido a um calote.
A
julgar por reportagem do jornal francês Le Monde, em cinco páginas,
Macron é uma espécie de santo vindo à região para lhe trazer a paz, já que a
Amazônia é apresentada como um inferno na Terra, com injustiças, desigualdade e
matanças. Já quem vê a Amazônia como um paraíso onde só falta dinheiro para as
trombetas dos anjos soarem sustenta que o presidente francês prometeu mundos e
fundos, mas não trouxe um mísero Real ou Euro para salvar a floresta de seus
velhos problemas.
Talvez
a realidade, acima das narrativas opostas, fique entre a visibilidade mundial
para o bem e o mal amazônicos, de modo a valorizar o bem e corrigir o mal, e
destravar os canais de recursos para a proteção, segurança e impulso à
bioeconomia.
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Esquerda dividida
A
esquerda de Porto Velho não conseguiu se unir e vai ao confronto nestas
eleições municipais em Porto Velho contra os candidatos bolsonaristas com pelo
menos três postulantes que poderão se somar ainda aos nomes do PC do B e PSTU.
Desde a ex-senadora Fatima Cleide (PT), a Vinicius Miguel (PSB), Samuel Costa (Rede/PSOL)
numa fragmentação de votos inconveniente ao segmento que só tem levado pauladas
da direita conservadora nos últimos anos. Uma Frente de Esquerda unida
aumentaria as chances de pelo menos galgar ao segundo turno, já que se admite
eleições em dois turnos na capital.
A orientação
A
fragmentação da esquerda tem tudo a ver com as orientações dos diretórios
nacionais em Porto Velho. O PT decidiu lançar candidaturas próprias em todas as
capitais e o nome mais expressivo que conta por aqui é da senadora Fatima
Cleide assessora do terceiro escalão de Lula em Brasília. Também o vice-presidente
Geraldo Alckmin orientou ao PSB candidaturas próprias nas capitais e com isto
Vinicius Miguel terá seu nome aprovado na convenção de julho. Por sua vez a
federação Rede e PSOL acredita em crescimento nas eleições municipais 2024 com
Samuel Costa.
Pré-candidatas
Nunca,
em tempo nenhum, Porto Velho teve tantas candidatas ao Paço Municipal, sede do
executivo local e teria mais ainda se a deputada federal Cristiane Lopes pudesse
pular do União Brasil sem perder o mandato para entrar na peleja por outro
partido. São relacionadas como possíveis candidatas Mariana Carvalho (União
Brasil), Fátima Cleide (PT), Euma Tourinho (MDB), Sofia Andrade (PL). A última
com menos chances de emplacar já que a rainha dos espetinhos não tem maioria
dos convencionais do partido para homologar sua postulação em julho.
Punhal da traição
Em
vista de um passado conturbado, repleto de reviravoltas em convenções e
detentor de um punhal da traição afiado, o MDB de Porto Velho precisa passar
mais confiança para sua candidata à prefeitura Euma Tourinho. Dividido em alas,
como uma escola de samba, o partido de Confúcio Moura não inspira confiança nem
na velhinha de Taubaté. Mesmo porque existem emedebistas também auscultando as
candidaturas de ponteira. Outro problema no MDB local é que ao menor sinal
negativo de campanha eles debandam covardemente. É preciso ajustar as coisas na
legenda.
Contas distintas
Com
alguns dos quase doze pré-candidatos à prefeitura de Porto Velho já admitindo a
possibilidade de buscar a condição de vices dos nomes de ponteira (atualmente
são Mariana Carvalho (União Brasil) e Leo Moraes (Podemos), o número de postulantes
ao Prédio do Relógio, sede do poder executivo municipal pode baixar para quase
a metade. Mesmo porque alguns nomes, como o deputado coronel Chrisostomo (PL)
não tem apoio do seu partido para ser homologado. Mas as convenções podem
apontar surpresas ainda, com outros nomes também ventilados.
Via Direta
*** A ex-senadora Fatima Cleide (PT) em
Porto Velho está sendo jogada aos leões bolsonaristas nas eleições municipais
deste ano. Presa fácil para a direita conservadora *** Mas
estrategicamente os petistas jogam certo, o partido precisa de recursos para os
candidatos a vereadores e sem postulante a prefeito as verbas seriam muito
minguadas pelo fundo partidário *** Depois
da Zona Leste, bisbilhotei na Zona Sul a situação dos nomes mais lembrados para
a peleja do Prédio do Relógio. Pela ordem deu na cabeça: Mariana Carvalho, Fernando
Máximo (que não é candidato), Leo Moraes (Podemos), Cristiane Lopes (que não é
candidata) ***Constato que alguns postulantes, além de pesquisas fajutas,
precisam ganhar mais vitamina para a peleja.
Léo Moraes tem desafios importantes pela frente, os vereadores estão famintos por secretarias
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