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Leo Ladeia

Politica & Murupi - O dragão chinês na Serra dos Carajás


Politica & Murupi - O dragão chinês na Serra dos Carajás  - Gente de Opinião

No dia 08/12 escrevi sobre as jabuticabas do Brasil e abordei a questão do ferro que é exportado para a China e depois retorna em forma de chapas de aço que eles produzem com o ferro extraído da Serra de Carajás no Pará, maior província mineralógica do planeta e que tem a maior jazida de minério de ferro em exploração. Além de estranho é vergonhoso, pois deixamos de gerar empregos na “Terra Brazilis” para gerá-los no “Muralha Xing-Ling”. Mas, sempre existem os que não creem e torram minha paciência por abordar o tema, esquecendo que este é meu dever de ofício. Não ligo e continuo abastecendo suas cabeças baldias com mais comentários impertinentes e mais notícias como esta publicada no Jornal O Estadão e saída direto da fonte. Afinal se tem gosto para tudo, todos, todas e até todes, vamos nessa:

“A Usiminas anunciou na segunda-feira, 11, que pretende desligar o Alto-Forno 1 da Usina de Ipatinga, em Minas Gerais, devido ao aumento das importações de aço da China. Segundo o presidente da Usiminas, Marcelo Chara, a concorrência desleal está “devastando a indústria do país e afetando toda a cadeia de produção industrial”. Chara também disse que a empresa vai de revisar o atual modelo de gestão, “com forte foco nas atividades operacionais”. Na semana passada, o grupo siderúrgico Aperam South America informou que decidiu adiar a terceira fase de seu plano de investimentos no Brasil previsto para 2024/2025, face ao “momento de adversidade enfrentado pela indústria siderúrgica brasileira, com o excesso de aço importado no mercado e a queda nas vendas”. Durante a implementação do projeto, até 1,5 mil vagas temporárias seriam criadas, segundo a empresa. O Alto-Forno 1 diz Marcelo Chara, tem capacidade de produção de 600 mil toneladas por ano. A Usiminas está finalizando a reforma do Alto-Forno 3, depois de um investimento de R$ 2,7 bilhões. O equipamento está em operação comercial e logo deve atingir sua capacidade total de produção, de 3 milhões de toneladas de ferro gusa por ano. Segundo ele, o equipamento poderá atender as próximas décadas com “grande potencial, alta eficiência e desempenho ambiental superior” e afirmou que o Brasil é competitivo e que tem capacidade de atender a demanda. “Precisamos de uma defesa efetiva da produção industrial brasileira contra produtos subsidiados da China.” A publicação é do Estadão.  

Mas não é só, a Volkswagen chinesa está se desvencilhando da cara e sindicalizada mão de obra europeia que produz peças para seus carros elétricos, comprando lá mesmo nas mãos do Sr. Xao Xing por preço 40% mais barato. A coisa está complicada: a China espirra e o mundo pega pneumonia ou talvez COVID (vá lá saber...). Certo é que os alemães anunciaram reduções nos empregos da Europa e isso é só parte de um plano mundial de corte de custos a ordem de US$ 10,9 bilhões. Para deixar seus poucos neurônios pedindo Rivotril, lembro que o dragão chinês que come o ferro de Carajás com coentro e farinha d’água quer mais e se agita para ser a primeira economia do mundo produzindo de tudo a baixo custo, enquanto nossos sindicatos brazukas sonham com a volta do imoral imposto sindical e vitaminas para as centrais sindicais aumentando o custo Brasil. “É pra cabá com o piqui do Goiás”. 2024 não será um ano fácil para a economia do Brasil por qualquer ângulo que se olhe. E para quem diz que eu só vejo o pior, sigo Millor Fernandes: “Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos & molhados.”. É assim  que penso!

   

2-O ÚLTIMO PINGO

Politica & Murupi - O dragão chinês na Serra dos Carajás  - Gente de Opinião

A foto éemblemática. Sêo Moro, o xerife, abraça Sêo Dino, inventor do Grupo Prerrogativas que ajudou a fulminar a Lavajato. É uma foto para enterrar sua carreira política que se balança. Para quem na direita ou esquerda queria um magistrado de carreira na vaga de dona Rosa, Sêo Dino é o magistrado indicado e começa a “mamar a teta” com o salário mais alto do país em fevereiro. O STF se recompôs. Eu gostaria que toda Supimpa Corte fosse composta de juízes de carreira, indicados em lista tríplice, com mandato de 10 anos, escolhidos pelo presidente da república e sabatinados pelo Senado como se faz hoje, mas é só o que temos. Sêo Dino é mais um servidor publico com o garboso nome de ministro, que não será diferente dos outros 10 do STF. O tratamento entre eles é diferenciado, o linguajar requer o dicionário e um “Vade Mecum” e os rapapés e firulas remontam – data vênia – à “belle époque”. Mas não é o servidor mas a estrutura que causa o problema. Os novos ficam velhos e adquirem o ranço. Sêo Dino é como aquele PF – prato feito – da feira livre. Não dá para escolher outro. É só o que tem pra hoje. Ou come ou come.


 3-PONTO FINAL

“A política ama a traição e odeia o traidor” - Leonel Brizola, que vivo, não aliviaria para Sergio Moro.

“Tenho diferenças, mas não perderei a civilidade” - Moro depois de abraçar seu carrasco Flavio Dino.

“Quem muito se abaixa oculto padece – Zé de Nana em intervenção escorreita e civilíssima sobre Moro.

leoladeia@hotmail.com

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