Quarta-feira, 21 de maio de 2025 - 16h07
O STF está conseguindo dar forma legalidade ao que prometia
combater. Durante o governo Bolsonaro o STF fez o contraponto ao Executivo e o
primeiro foi impedir a nomeação do delegado Ramagem para dirigir a PF. A partir
daí as escaramuças foram o normal na relação Executivo-Judiciário, o ativismo cresceu
e os exemplos foram muitos na pandemia e logo os dois poderes ficaram contra o
Executivo - lembram a CPI da Covid? - num contexto de beligerância que melou o
processo eleitoral com a entrada atípica de Lula, derrota do Bolsonaro, a
resistência de parte da sociedade contra o resultado eleitoral, o 8/1 e acredito
que para fechar o relato basta a frase: “Nós derrotamos o Bolsonarismo”, dita
por Barroso. Poderia citar Gilmar Mendes: “Se hoje nós temos a eleição do
presidente Lula, isso se deveu a uma decisão do Supremo Tribunal Federal”.
Ontem o STF formou maioria de turma tornando réus os integrantes de um grupo de
pessoas acusadas de tramar um golpe de estado numa data que a princípio é 8/1,
mas que pode ir ouvir a depender do que buscam os humores do relator AMoraes e
é fácil verificar: de novo o nome Ramagem está na berlinda e agora o atrito é
STF contra a Câmara dos Deputados. Mas para o STF tudo é normal ou está normal
ou foi normalizado.
1.1- Exceção normalizada II
Ontem para surpresa de ninguém pintou o script que
existe desde 14/03/2019 quando DToffoli, servidor no cargo de ministro
chefiando o STF criou o INQ 4781, ou inquérito das fake News, dando sem sorteio
a AMoraes e dizendo: “Não existe Estado Democrático de Direito nem democracia
sem um Judiciário independente e sem imprensa livre”. Moraes não disse missão
dada missão cumprida, mas faz. A partir desse 14/03 aberrações jurídicas foram
se avolumando e estamos há 2147 dias ou se preferem, 5 anos, 11 meses e 27 dias,
com essa espada contra o peito sem ver o seu fim. Talvez tenha sido o resultado
da eleição de Lula o ponto em que passamos a ver e aceitar tudo como normal e
caímos no 8/1 com presos julgados em bando, direitos desrespeitados, sentenças extrapolando
todo senso de justiça, mas não sem antes assistirmos as decisões em prol de bandidos
pegos pela Operação Lavajato, em sua maioria via caneta de Detoffoli. Ontem
mais 10 tornaram-se réus com votos de parte do STF o que já era esperado e o
que mostra que o normalizado vai se tornar jurisprudência e assim caminhamos
como gado.
Exceção normalizada III
Tratados como terroristas num
primeiro momento, os manifestantes do 8/1 foram levados direto à prisão e
relatos do que aconteceu são do conhecimento geral e ficamos todos sem entender
a razão porque estão sendo julgados por um tribunal de exceção – em razão de
não pertencerem ao grupo que tem foro especial – em vez da natural 1ª instância
que lhes daria oportunidade de recorrer. Recorrências que quase na totalidade
foram rechaçadas no STF. Há um alvo a ser atingido e a normalização dá como
certo que Bolsonaro será trancafiado em algum momento e o STF mais uma vez terá
cumprido o papel que criou para si. Uma foto do líder popular Bolsonaro preso é
o triunfo da exceção sobre a regra. A representação aí da foto é clássica na
química e leva ao estágio atual. O octeto visa a estabilidade e é configurada por
átomos compartilhando, doando e trocando para ser reativo. É vital para o octeto, formar e manter a “capa
externa”, se é que me fiz entender. É desta forma que as exceções se tornam
regras. Outro exemplo é a romã, cuja aglutinação interna das sementes dá a
forma final ao fruto. Este é para iniciados.
1.3- Levantando o tapete do INSS
Aos poucos vamos sabendo do muito
que ocorreu no vergonhoso assalto a idosos do INSS. A CONTAG-Confederação
Nacional dos Trabalhadores na Agricultura, uma das entidades investigadas no
roubo, recebeu ao menos R$ 1,85 milhão em patrocínios da Caixa Econômica
Federal, Sesi e Sebrae para a realizar eventos em 2023 e 2024 estando em um
deles a Sua Nulidade Lula III. E não é
só. A cada milímetro de tapete levantado surgem mais lixo. Em Gurinhém na
Paraíba, Glauco Coutinho Marques é alvo da Operação Retomada sobre roubos no
INSS. Ele seria como juiz, o chefão do grupo de empresários, entidades,
advogados e servidores que atuava para obter decisões favoráveis contra os
interesses de aposentados. Até agora são 11 associações e entidades que moveram
230 ações coletivas na Paraíba atingindo cerca de 100 mil aposentados e
pensionistas no país com descontos ilegais de R$ 126 milhões. Sobre Glauco um detalhe:
em 16 minutos ele decidiu um processo e cai fora do cargo com ganhos
garantidos. E que tal a BMW do careca do INSS que é da esposa do ministro do
TCU? É só cachorrada!
1.3- Fim da reeleição: uma boa ideia
A CCJ do Senado aprovou a PEC que
acaba com a reeleição criada por FHC em 97 e que foi só rolo. “Esse momento que
estamos vivendo no Brasil é um momento histórico. O advento da reeleição no
Brasil foi um grande equívoco para presidente da República, governador e
prefeito. A gente sabe que isso não tem funcionado bem no Brasil. Isso é
praticamente uma unanimidade”. Disse o relator da PEC e eu digo que esta crise
que estamos vivendo não teria acontecido se não houvesse a tal reeleição e é
uma pena que só 30 anos depois descobrimos isto. Na raiz da corrupção eleitoral
está o instituto da reeleição e espero que tenhamos coragem para cortar outras
mazelas como o fim dos vices, suplências, adjuntos e impedir que os eleitos
para cargos como vereadores, deputados e senadores possam pular para o executivo,
salvo se deixarem em definitivo do cargo para o qual foram eleitos. E mandato
de 12 anos para cortes superiores e indicação de três nomes para a sabatina
pelo Congresso e só depois ocorrer a confirmação do presidente? As
possibilidades de melhorarmos nossas regras são muitas e relevantes. E aí?
1.3- Último pingo
Que coisa... "Não há como se compadecer com
comportamentos como o que atingiu a ministra Vera Lúcia. Essa presidência e
toda a Justiça Eleitoral não aceita práticas criminosas por discriminação, por
racismo, por etarismo contra quem quer que seja." Eis a fala é da ministra
do STF Carmem Lúcia que não se compadeceu do tratamento similar dispensado ao
advogado Sebastião Coelho no STF. Uma coisa é uma coisa, já outra coisa você
sabe: é outra coisa. Que coisa...
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