Segunda-feira, 3 de agosto de 2009 - 06h38
Geradoras brasileiras de energia, donas de grandes usinas hidrelétricas, se preparam para tentar emplacar seus projetos no Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) da Organização das Nações Unidas e assim emitir certificados de crédito de carbono para melhorar a taxa de retorno dos empreendimentos. Até mesmo as duas hidrelétricas do rio Madeira já encomendaram seus estudos e estimativas mostram que a receita anual, para cada uma, poderia girar em torno de 50 milhões de euros, caso sejam aprovados os projetos.
Empresas como Tractebel, Duke Energy e Furnas, também já solicitaram a empresas especializadas estudos sobre viabilidade de emitirem créditos de carbono. Um dos maiores estudos em andamento é Foz do Chapecó, usina que pertence a Furnas e CPFL e tem capacidade de 850 MW.
Esse interesse recente é fruto do sucesso de algumas hidrelétricas de médio porte que obtiveram o certificado, como as três usinas do projeto Ceran, da CPFL, e uma da Votorantim. Os créditos de carbono da usina Pedra do Cavalo, da Votorantim, renderam R$ 5 milhões em receita em 2008. No início deste ano, os créditos da usina 14 de julho, no Ceran, começaram a ser vendidos e devem gerar 1 milhão de euros em 2009.
Santo Antônio analisa
O presidente da Santo Antônio Energia, Roberto Simões, diz que foi Furnas, sócia no projeto, que trouxe a idéia para a concessionária. A empresa estuda propostas de cinco consultorias que fazem análise de viabilidade da emissão desse tipo de crédito. Já a usina de Jirau, segundo a concessionária Energia Sustentável, tem estudo pronto e já busca certificadora.
Simões diz que uma das vantagens de Santo Antônio, no Madeira, é que apesar de sua potência de geração ser superior a 3 mil MW, ela tem um reservatório pequeno, reduzindo a área alagada. Esse é um dos critérios para aprovação. O vice-presidente de geração da CPFL, Miguel Abdalla Saad, explica que é preciso que a usina gere, no mínimo, 4 MW por quilômetro quadrado para ser elegível. Mesmo assim, entre 4 MW e 10 MW, o projeto sofre uma penalidade.
Valor Econômico
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