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Usinas do Madeira querem emitir certificados de crédito de carbono


Geradoras brasileiras de energia, donas de grandes usinas hidrelétricas, se preparam para tentar emplacar seus projetos no Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) da Organização das Nações Unidas e assim emitir certificados de crédito de carbono para melhorar a taxa de retorno dos empreendimentos. Até mesmo as duas hidrelétricas do rio Madeira já encomendaram seus estudos e estimativas mostram que a receita anual, para cada uma, poderia girar em torno de 50 milhões de euros, caso sejam aprovados os projetos.

Empresas como Tractebel, Duke Energy e Furnas, também já solicitaram a empresas especializadas estudos sobre viabilidade de emitirem créditos de carbono. Um dos maiores estudos em andamento é Foz do Chapecó, usina que pertence a Furnas e CPFL e tem capacidade de 850 MW.

Esse interesse recente é fruto do sucesso de algumas hidrelétricas de médio porte que obtiveram o certificado, como as três usinas do projeto Ceran, da CPFL, e uma da Votorantim. Os créditos de carbono da usina Pedra do Cavalo, da Votorantim, renderam R$ 5 milhões em receita em 2008. No início deste ano, os créditos da usina 14 de julho, no Ceran, começaram a ser vendidos e devem gerar 1 milhão de euros em 2009.

Santo Antônio analisa

O presidente da Santo Antônio Energia, Roberto Simões, diz que foi Furnas, sócia no projeto, que trouxe a idéia para a concessionária. A empresa estuda propostas de cinco consultorias que fazem análise de viabilidade da emissão desse tipo de crédito. Já a usina de Jirau, segundo a concessionária Energia Sustentável, tem estudo pronto e já busca certificadora.

Simões diz que uma das vantagens de Santo Antônio, no Madeira, é que apesar de sua potência de geração ser superior a 3 mil MW, ela tem um reservatório pequeno, reduzindo a área alagada. Esse é um dos critérios para aprovação. O vice-presidente de geração da CPFL, Miguel Abdalla Saad, explica que é preciso que a usina gere, no mínimo, 4 MW por quilômetro quadrado para ser elegível. Mesmo assim, entre 4 MW e 10 MW, o projeto sofre uma penalidade.

Valor Econômico

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