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Usina Jirau amplia áreas de estudo do monitoramento de mercúrio


 

Os resultados prévios não evidenciam doenças decorrentes do mercúrio
Comunidades que residem em áreas próximas ao rio Madeira contam com um reforço na área de prevenção à saúde. A Usina Hidrelétrica Jirau está dando continuidade aos testes que avaliam o índice de mercúrio no organismo de pessoas que estão mais expostas ao mercúrio, como ribeirinhos, pescadores e garimpeiros. As avaliações são feitas por uma equipe multidisciplinar (médico, psicólogo, ecólogo e outros profissionais da área da saúde) do Programa de Monitoramento Hidrobiogeoquímico e os estudos são realizados com a participação de voluntários da própria região.

Nesta etapa da campanha, moradores de Abunã e Fortaleza do Abunã participaram das avaliações. Neste ciclo de avaliações também participaram dos estudos, moradores remanejados de Mutum Paraná, dragueiros que trabalham no rio Madeira e profissionais que atuam no canteiro de obras da UHE Jirau.

O coordenador do Programa de Monitoramento Hidrobiogeoquímico da UHE Jirau, Dr. Luiz Fabrício Zara, explica que o principal objetivo dos estudos é avaliar a saúde da população quanto aos riscos da exposição ao mercúrio antes, durante e após a construção da Usina, ao mesmo tempo em que respalda tecnicamente o empreendimento no trabalho socioambiental responsável. “Até o momento os testes já foram aplicados em 400 pessoas de diversas localidades”, destaca Zara.

Leandro da Silva Alves, 25, trabalha no garimpo há 16 anos. Ele conta que devido à atividade extrativista, está sujeito a possuir alto índice de mercúrio no organismo. Por isso, considera a ação de suma importância e que irá beneficiar principalmente a saúde da comunidade. “Chego a passar seis meses no garimpo. Com isso, não tenho tempo de ir ao médico e fico sem saber se estou bem de saúde. Esta é uma grande oportunidade de saber se estou bem. Parabenizo à Energia Sustentável do Brasil pelos estudos realizados não somente em Abunã, como também em todas as comunidades próximas à Usina”, enfatizou.

Para o administrador distrital de Abunã, Sérgio Augusto de Lima, a receptividade da comunidade tem sido positiva quanto aos trabalhos de pesquisa da UHE Jirau. “Analiso este estudo favorável à comunidade, pois é uma forma de todos ficarem bem informados sobre suas condições de saúde e dependendo dos resultados obtidos, buscarem melhorias nas suas alimentações”, declarou Lima.

Durante os testes, são aplicados questionários sobre questões socioculturais, hábitos alimentares e estilo de vida das pessoas. Em seguida, são feitas as avaliações clínicas médicas para detectar possíveis doenças na população, como diabetes e pressão alta. Também é aplicada uma bateria de testes neuropsicológicos e em seguida coletados fios de cabelos dos voluntários para exame de dosimetria do mercúrio - análise do mercúrio no corpo. Após três meses, a equipe multidisciplinar retorna à comunidade para a entrega das avaliações e para fazer esclarecimentos sobre os resultados. A psicóloga Clarisse Serra explica a importância da devolutiva das avaliações deste estudo: “A formação do vínculo de confiança entre todos os atores envolvidos neste complexo estudo é importantíssimo para garantir a continuidade das avaliações ao longo do tempo nas comunidades. Portanto, é imprescindível a entrega dos resultados pessoalmente aos voluntários, possibilitando esclarecimentos, acolhimento e respeito aos mesmos”, disse.

Acompanhamento

O Programa é desenvolvido pela empresa Venturo Consultoria Ambiental e conta com uma equipe multidisciplinar formada por especialistas da Universidade de Brasília (UnB), da Universidade do Estado de São Paulo (UNESP) e da Universidade de Campinas (Unicamp). Essa equipe é responsável pelo monitoramento do mercúrio no rio Madeira, antes, durante e após a construção da Usina Jirau. As análises junto à comunidade são repetidas a cada dois anos, durante várias etapas do empreendimento.


Fonte: comunica
 

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